No ano 5 a.C., o filósofo grego Leucipo utilizou pela primeira vez a palavra átomo para denominar as partículas que compõem a matéria. Átomo, em grego, significa “indivisível”: como se um objeto fosse partido em milhares de pedaços, até chegar a um pedaço impossível de partir. Mas o mundo precisou esperar até o século 20 para que fosse provada a existência do átomo. E mais: a ciência mostrou que os gregos estavam errados. Ao contrário do que pensavam, o átomo podia, sim, ser dividido.
O modelo atômico adotado até hoje foi elaborado pelo neozelandês Ernest Rutherford, em 1911. Ao disparar partículas alfa (uma das formas de radioatividade) contra uma placa de ouro muito fina, ele percebeu que a maioria atravessava o metal, enquanto umas poucas eram rebatidas. Rutherford chegou à conclusão de que algo bloqueava a radiação: estava descoberto o núcleo do átomo. Em torno dele ficariam os elétrons. Esse modelo foi sendo aperfeiçoado com a descoberta de outras partículas, como os prótons, nêutrons e os quarks. Rutherford insistiu até morrer, em 1937, que a energia nuclear jamais teria utilidade. Uma pena que ele estivesse errado: oito anos depois foi lançada a bomba atômica, pelos EUA, em Hiroshima, no Japão, com trágicas conseqüências vividas até hoje.
No século passado outra evolução em torno do átomo: surgiu a teoria quântica, que explica o comportamento dos átomos e seus componentes, o que não era possível só com a física clássica.