Top of mind, top of heart
Veja foi tão lembrada que só Coca-Cola, na categoria refrigerantes, e Visa, em cartões de crédito, tiveram índices mais altos de top of mind.
Denis Russo Burgierman, diretor de redação
Pense numa revista – qualquer uma, a primeira que lhe vier à cabeça. Proponha esse exercício a pessoas por todo o Brasil, e o nome mais citado será Veja. Foi o que constatou o pessoal da Associação Brasileira de Anunciantes, em parceria com a Top Brands, numa pesquisa realizada em 6 das principais cidades do Brasil com homens e mulheres de todas as faixas etárias e classes sociais. Quer dizer que Veja, quando se trata de revistas, é top of mind. Ou, em português, está no “topo da cabeça” das pessoas. Veja foi tão lembrada que só Coca-Cola, na categoria refrigerantes, e Visa, em cartões de crédito, tiveram índices mais altos de top of mind.
Mas a pesquisa não parou aí. Eles quiseram medir também os níveis de confiança, satisfação e intenção de compra de cada marca. Aí – e você por favor me perdoe se eu não consigo esconder meu orgulho – a Super ganhou bonito na categoria revistas. O índice de satisfação com a revista foi de 93,7, e o índice de intenção de voltar a ler a revista foi de 87,9. Ou seja, de todas as publicações que foram lembradas por gente suficiente para ter base estatística, a Super é a que está com os leitores mais satisfeitos. Podemos não ser a revista mais lembrada do Brasil, mas somos a mais querida. Podemos não ser a top of mind, mas somos a top of heart (assim como Sony quando se trata de TV, Bohemia entre as cervejas, Antarctica entre os refrigerantes etc.).
Não me entenda mal. A intenção deste texto aqui não é me gabar ou contar vantagem. Sei muito bem que esse resultado reflete uma história antiga, que está para completar 20 anos. Quando eu era um calouro careca e cabeçudo na faculdade de jornalismo, a Super já tinha história, já era amada no país inteiro – eu mesmo era um fã alucinado. Tudo o que nossa equipe faz é cuidar por algum tempo do melhor jeito que podemos desse título, que não pertence a nós – pertence a você, ao Brasil inteiro.
Uma pesquisa como essa nos enche de felicidade, óbvio. Mas também nos dá um nervosismo, uma aceleração no coração, um frio na barriga, uma noção da enorme responsabilidade que temos. Afinal, uma revista tão querida não pode se dar ao luxo de fazer reportagens mais ou menos, de cometer erros bobos, de desrespeitar a inteligência do leitor. Temos que trabalhar duro se queremos fazer jus à sua confiança. Garanto que é o que faremos. E muito obrigado.