Desde o século XII até o finalzinho do século XVII, nobre era quem controlava algum território. No início do século XVIII, principalmente durante o reinado de Luís XIV na França, os monarcas começaram a distribuir os títulos em troca de favores. Os nobres passaram então a ter papéis políticos.
Apesar das diferenças de uma monarquia para outra, algumas regras eram claras. O rei mandava. O príncipe o sucedia e ficava de papo para o ar, à espera da sua vez de subir ao trono. O duque cuidava do controle militar do território, promovendo guerras quando era necessário. O marquês zelava pelas fronteiras. O conde era um tipo de diplomata, com a atribuição de resolver conflitos.
Hoje, ainda existem nobres. “Nos países de tradição monárquica, como a Inglaterra, eles continuam com alguma influência política, mas quem controla o Estado é o Parlamento”, ressalta o historiador Oswaldo Munteal Filho, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Ou seja, ter sangue azul já não é mais a mesma coisa.