Como se escolhe um papa?
Por meio de uma eleição especial chamada conclave. Os eleitores são todos os cardeais do mundo com menos de 80 anos (hoje, 119), reunidos no Vaticano, em Roma. Teoricamente, o conclave não é um pleito como outro qualquer. “A escolha é decidida pela luz divina e não pelas plataformas políticas”, afirma o teólogo Fernando Altemeyer Júnior, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. “Por isso, os cardeais não podem falar com ninguém e devem orar ao Espírito Santo antes de preencher os seus votos.” Quando nenhum dos candidatos recebe dois terços dos votos, a votação se repete. Se, depois de trinta votações, os dois terços não forem alcançados, na trigésima primeira o vencedor só precisará obter a metade dos votos mais um.
Os cardeais podem ficar trancados por meses. A cada votação malsucedida, uma fumaça cinza sinaliza aos fiéis, aglomerados na Praça São Pedro, em frente à residência oficial do papa, no Vaticano, que ainda não há sumo pontífice. Quando finalmente ele é escolhido, a fumaça é branca e o cardeal mais velho anuncia em latim “Habemus papa” (temos papa).