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Guia SUPER da Filosofia: Immanuel Kant e o imperativo categórico

"A moral não nos ensina a sermos felizes, mas como devemos nos tornar dignos da felicidade"

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 30 set 2019, 18h10 - Publicado em 23 out 2015, 18h53

Diferentemente dos grandes pensadores da sua época, forjados nas agitadas capitais europeias, Immanuel Kant jamais saiu de sua cidade natal. Sem nunca se casar ou ter filhos, ele cresceu, estudou e lecionou na próspera cidade portuária de Königsberg, então parte do reino germânico da Prússia (atual Kaliningrado, na Rússia). O ar cosmopolita conferido pelo porto ajudou Kant a não ficar isolado e, mesmo sem ter realizado viagens ao estrangeiro, suas ideias venceram mares e fronteiras, tornando-o famoso ainda em vida.

Kant se diferenciou dos filósofos anteriores por propor de forma convincente um modelo que combinasse o racionalismo e o empirismo, o conhecimento adquirido pela experiência. Em sua teoria do “idealismo transcendental”, ambos são necessários para compreender o mundo. O pensador argumentava que algo deve existir dentro do espaço e do tempo para ser percebido pelos sentidos. Ao mesmo tempo, ele diz que não seria possível estudar o espaço se antes disso já não houvesse um conhecimento prévio sobre ele.

Pegue um livro como exemplo. Sem a “sensibilidade”, que é a capacidade de sentir as coisas e ter intuições ao longo da vida, você sequer saberia que existem objetos como os livros. Mas, sem o “entendimento”, que permite pensar sobre essas coisas e criar conceitos, você também não saberia que o que está tocando e vendo é — afinal — um livro. O filósofo também se debruçou sobre como o homem deveria proceder em relação aos seus semelhantes para obter a felicidade. Kant postulou o que chamou de “imperativo categórico”: a necessidade de agir de modo que a ação possa se tornar o princípio de uma lei válida para qualquer pessoa.

Hoje, estudiosos costumam dividir a filosofia em antes e depois de Kant — afinal, ele tornou obsoletos vários debates mantidos até ali pelos filósofos modernos. O pensador fez oposição frontal aos raciocínios produzidos somente pela razão, que não questionam se a razão tem capacidade para explicar certas questões. Para Kant, nossa racionalidade é limitada para pensar em Deus e nas “coisas em si”, e a filosofia não deveria se dedicar a esses pontos, ao menos não da maneira como vinha fazendo. Kant inspiraria a prolífica geração de pensadores alemães do século 19, iniciando uma nova era de discussão na filosofia.

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