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As terras arejadas e cobiçadas

Manchas de campos abertos, no sul da reserva, atraem animais andarilhos, grandes aves e a ambição dos fazendeiros

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 19h07 - Publicado em 26 jun 2009, 22h00

A Biológica tem um dos poucos cerrados virgem que restam no centro-oeste. Até 1956, Rondônia (assim denominada em homenagem ao marechal Cândido Rondon, que desbravou a região no começo do século XX) era chamado de Território do Guaporé. Com a abertura da rodovia BR-364 (Cuiabá – Porto Velho), em 1968, as migrações dirigidas para os projetos de colonização demográficos e à ocupação desordenada da região. O velho Guaporé perdeu 21% das suas florestas e, em vinte anos 63% da área desmatada foi abandonada. Foi então que, em 1982, criou-se a reserva. Quando ocupar a terra era a ordem, o cerrado, coberto de pastos naturais, virou presa da agropecuária. Apesar da baixa fertilidade, é mais valorizado porque dá menos trabalho ao fazendeiro: não precisa desmatar, é só soltar o gado. Por isso, os cerrados virgens da Reserva do Guaporé atraem como um imã os fazendeiros e colonos da cidade mais próxima, Alta Floresta D`Oeste, a 50 quilômetros. Em compensação, desde 1991 a fiscalização da reserva melhorou. Atualmente, na área protegida dos invasores, o ambiente do cerrado viceja. Nos campos abertos, a vegetação de baixo porte favorece a penetração de luz. As gramíneas como o capim-flecha, chegam a atingir dois metros de altura escondendo emas, veados-campeiros e veados mateiros. Atrás, esgueiram-se os predadores, como a onça-pintada e a suçuarana. Na beira das lagoas, existem capivaras e antas. Pelo céu do cerrado viajam aves capazes de voar longos percursos, como as cegonhas e o gavião-belo – um pescador exímio que espreita, do alto das árvores, as lagoas e as margens de rio. No mesmo céu, avista-se o tucano-açu, um dos maiores do Brasil. Nada conciliador, ele se vale do bico longo para destruir ninhos alheios e devorar filhotes de outras aves. Afável de vez em quando, o açu também aprecia frutos variados.

Palmeiras Esguias

Nos banhados, esticam-se os buritis. As folhas servem para trançar cestos e fazer teto de cabana.

Imigrante americano

O veado-campeiro veio da América do Norte há três milhões de anos. Sai à noite para pastar.

Pescador exímio

As ariranhas andam em pares ou grupos. Comem peixes, ovos e aves. Podem permanecer longo tempo submersas.

Cor e contraste

Os aguapés cobrem as margens dos rios. Destacam-se do verde com flores brancas, azuis e violetas.

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Ela é uma anta

O maior mamífero terrestre do Brasil pesa até 200 quilos. É desajeitada, vê mal, mas ouve tudo.

Maior promiscuidade

Os biguás negros dividem as praias e até os ninhos com as garças e os maguaris. Em setembro, as aves invadem o Guaporé.

Muito calor

O jacaré-papo-amarelo passa o dia na praia sob o sol, imóvel. De noite, come o que passar por perto – de preferência caranguejo.

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