Camada da Antártida: Cresce o buraco de ozônio polar
O INPE conclui que está crescendo a cada ano o buraco da camada de ozônio sobre a Antártida.
Em 1992, o buraco na camada de ozônio sobre a Antártida alcançou 23 milhões de quilômetros quadrados – ou seja, um aumento de 10% entre 1991 e 1992. Este é o resultado das medições anuais feitas pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), de São José dos Campos, SP. Para isso, usaram-se balões atmosféricos acionados durante a primavera antártida, que vai de meados de agosto até outubro. Nos primeiros seis meses do ano, os gases atmosféricos permanecem inertes, pois é inverno e não há energia solar suficiente para alimentar alguma atividade química. Volker Kirchhoff, engenheiro e gerente do Programa Amazônia do INPE, relata que os estados de alerta já são comuns para os 80 000 habitantes de Punta Arenas, extremo sul do Chile. Os alertas se devem ao excesso de radiação ultravioleta do Sol que chega à Terra devido à falta de ozônio protetor na atmosfera. Eles são previstos em medições conjuntas do INPE e da Universidade de Magalhães, chilena.