Dez anos depois do derramamento de óleo que causou, na República de Komi, a maior poluição em terra de que se tem notícia, o pequeno país, no norte da Rússia, ainda não se livrou de todos os efeitos do desastre. Na época, especialistas disseram que, se medidas emergenciais fossem tomadas imediatamente, seriam necessários 25 anos para a situação melhorar na área afetada – uma faixa de 2 100 hectares nas proximidades da cidade de Usinsk, um dos lugares mais frios do planeta, nos limites da região conhecida como Círculo Polar Ártico.
As 102 000 toneladas de óleo que vazaram de dutos malconservados das companhias de petróleo penetraram na terra congelada e ainda hoje ameaçam a saúde de seus moradores. Oficialmente, o acidente aconteceu em 17 de outubro de 1994 e teria sido causado pelo rompimento de um dique de óleo. Mas, descobriu-se depois, o vazamento começou em julho e estendeu-se até setembro – o governo tentou esconder a tragédia do restante do mundo.
No Brasil, a pior tragédia causada por vazamento em dutos aconteceu em 1984, com o rompimento de uma tubulação da Refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão. O combustível pegou fogo e matou 38 pessoas