Quinze árvores mineralizadas, exatamente como eram quando ainda vivas – em posição vertical – estão lançando novas luzes sobre o clima da Antártida. Descobertos no ano passado por uma equipe de pesquisadores americanos e argentinos junto à cadeia de montanhas que corta o continente gelado, os troncos são vestígios de uma floresta extremamente densa que existiu há cerca de 200 milhões de anos.
O mais impressionante é que o estudo dos fósseis demonstra que a estrutura de seu cerne é composta de anéis próximos uns dos outros. Ou seja, na época em que cresceram, as árvores, com características típicas de florestas temperadas, encontraram estações bem demarcadas, principalmente primavera e verão. Para os descobridores, a densa mata deve ter se adaptado a uma espécie de bolha climática, com temperatura bem mais moderada que os – 30°C ou – 40°C que as simulações estimam para a época.