O saber que vem da mata
O mateiro que ajudou uma empresapetroquímica a ressuscitar das cinzas um pedaço da mata Atlântica
Mariana Lacerda, do Cabo de Santo Agostinho (PE)
Tem trabalhos que parecem fáceis, mas não são. Plantar árvores nativas, por exemplo. Exige sensibilidade, experiência. Ter uma muda em mãos inclui obter a semente e fazê-la germinar. Na hora do plantio é preciso saber o local e a época ideais. É aí que entra o mateiro Fernando Aquilino, de 31 anos. Sem ele, seria difícil a iniciativa da petroquímica Petroflex de recompor as margens do rio Pirapama, no Cabo de Santo Agostinho. Fernando cresceu catando cipós na mata para tecer cestos, vendidos no Mercado de São José, Recife. Sabe de cor onde está cada oiti-coró, pau-pombo, orelha-de-burro, cedro e jatobá das pequenas áreas remanescentes de mata Atlântica da região. Em pouco mais de um ano, a Petroflex, com a ajuda de Fernando, plantou mais de 6 mil mudas. O objetivo é chegar a 35 mil até 2006. “Vamos refazer completamente uma área de 13 hectares da mata”, diz Fernando. Não é fácil não.
Como ajudar
Mande idéias sobre replantio de mata ciliar na mata Atlântica com envolvimento da comunidade pelo e-mail mgadelha@petroflex.com.br.