O valor da água
A fábrica de malhas que se equipou para tirar menos água do rio que a sustenta
Thiago Lotufo, de Jaraguá do Sul (SC)
A empresa catarinense Malwee, uma das três maiores indústrias de malhas do Brasil, implantou um projeto pioneiro no setor têxtil: reaproveitar a água de seu processo produtivo. Sorte do rio Garibaldi. A Malwee captava diariamente cerca de 3,4 milhões de litros do rio. Com o projeto, passou a reutilizar 1,1 milhão de litros – são 280 milhões de litros economizados por ano.
Para cada camiseta produzida, gastam-se nada menos que 20 litros de água. “O rio é nossa principal matéria-prima”, afirma o engenheiro químico Cassiano Minatti, coordenador do projeto. Matéria-prima gratuita, é bom lembrar, e que pode ficar escassa.
O reaproveitamento da água só pode ser feito porque, numa primeira etapa, ela é recuperada por uma estação ecobiológica de tratamento de efluentes. No ano passado, a Malwee ampliou ainda mais o projeto – comprou um maquinário italiano capaz de eliminar a cor de tinta da água. O custo do equipamento todo bateu em 3,3 milhões de reais. Nem é tanto se você considerar que dá 1 real para cada litro tirado do rio por dia…
Como ajudar
Preservar os rios evitando ligações irregulares de esgoto e o desmatamento das margens é um bom começo. Se você quer saber mais sobre o projeto da Malwee ou trocar experiências, escreva para tinturaria@malwee.com.br.