Assine SUPER por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Oceanos: Imensidão desconhecida

Mais de dois terços da superfície da terra são cobertos pelos oceanos. Mas nós sabemos pouco sobre eles.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h59 - Publicado em 31 mar 1992, 22h00

Claudio Angelo

Responda rápido: onde é produzida a maior parte do oxigênio do mundo? Onde está concentrada a biodiversidade? Onde se situa a maior reserva de recursos naturais para as gerações futuras? Se a palavra que lhe vem à mente é Amazônia, você errou. Não fique triste. Dificilmente alguém diria oceanos, pelo simples fato de que a humanidade ainda não os conhece direito.

Mas bem que deveria. A enorme massa de água salgada cobre 71% da superfície do planeta, ironicamente chamado de Terra. Foi nos oceanos que surgiram os primeiros organismos, há 3,9 bilhões de anos. E ainda é lá que mora a maior parte das criaturas. De cada cinco espécies de seres vivos, quatro são habitantes dos mares. É quase inacreditável que, apesar de tudo isso, o estudo sistemático dos oceanos esteja tão atrasado. A Oceanografia é uma ciência adolescente, fundada em 1942. O alto custo e os perigos da exploração submarina impediram, durante muito tempo, que os pesquisadores voltassem os olhos para o mar. Ainda hoje, sabemos mais sobre Marte do que sobre a imensidão azul no nosso planeta. Só o número de espécies marinhas desconhecidas pode chegar a 10 milhões. No mar pode estar guardada a cura do câncer ou da Aids. Ou a solução para o problema da fome.

Por ignorância, e também por pura insensatez, o homem cometeu – e ainda comete – todos os tipos de barbaridades contra os oceanos. A pesca foi explorada até o limite. A poluição deixou muitas áreas costeiras em petição de miséria. Centenas de espécies animais, como as baleias, correm risco de extinção. Nas próximas páginas, você verá até onde o conhecimento sobre os mares já chegou. E entenderá por que é tão importante preservá-los.

Cidadão do mar

Entre os 115 figurões que aparecem na foto oficial da segunda Conferência Mundial para o Meio Ambiente, a Eco-92, no Rio de Janeiro, apenas um não era o presidente ou o rei de alguma nação soberana – o cineasta e oceanógrafo francês Jacques-Yves Cousteau (1910-1997). Ele aparece como o “embaixador do mar”, representando os ambientalistas do mundo inteiro. Nenhuma homenagem poderia ser mais merecida. Autor de setenta filmes sobre os oceanos – entre eles O Mundo do Silêncio, premiado com a Palma de Ouro do Festival de Cannes em 1956 –, Cousteau dedicou sua existência a mostrar as maravilhas escondidas debaixo d’água. Foi o primeiro a chamar atenção para o perigo da poluição dos mares. De quebra, inventou (em parceria com Émile Gagnan, em 1943) o aqualung, aparelho que viabilizou o mergulho autônomo. Depois de Cousteau, a humanidade nunca mais enxergou o oceano do mesmo modo. Ele transformou um montão de água num tesouro inestimável.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.