ONU: Balanço catastrófico
Estudo da ONU afirma que o desmatamento das florestas tropicais atingiram a marca de 1 acre (4 047 metros quadrados) por segundo no mundo.
Embora tenha gasto 8 bilhões de dólares desde 1985 em um plano para frear o ritmo de destruição das florestas tropicais – que abrigam 90% das espécies selvagens do mundo–, a ONU não chegou lá. Em seu último estudo, que consumiu três anos, as Nações Unidas afirmam que a velocidade do desmatamento atingiu a marca de 1 acre (4 047 metros quadrados) por segundo. Por ano, isso equivale aos territórios da Inglaterra e País de Gales juntos. Nessa cadência, toda a extensão das florestas tropicais estará extinta em apenas meio século. “Estes resultados não me surpreenderam”, afirmou Jean-François Deubremez, biólogo e ecologista da Universidade de Savoie, na França. “Gasta-se uma fortuna para dizer às populações locais que não se deve abater árvores. Mas na ninguém esboça um plano de alternativas.” Para o Nepal, país que conhece como palma da mão, Jean-François tem cálculos precisos como relógio suíço: “A última árvore tombará em 2017”, sentencia. O estudo da ONU revela um cenário de catástrofe global. O Brasil é campeão em área destruída – 8,5 milhões de acres por ano – enquanto Uganda fica com o recorde em porcentagem – 6,38% de suas florestas desaparecem no mesmo período.