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S.O.S. ozônio

Um buraco na camada de ozônio sobre a Antártida, maior que toda a América do Sul, ameaça o clima do planeta. Tudo indica que o culpado é um produto usado em sprays, geladeiras e embalagens para sanduíches. Apesar das advertências dos cientistas, pouco se faz para acabar com esse grave perigo.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h58 - Publicado em 31 mar 1988, 22h00

Martha San Juan França

O alarme começou a soar há mais de dez anos e nos últimos meses aumentou de intensidade, causando impacto no mundo inteiro. A camada de ozônio que envolve a Terra como um escudo protetor contra os perigosos raios ultravioleta do Sol diminuiu de 3 a 7 por cento. Mas isso é uma insignificância comparado com o verdadeiro rombo que acontece sobre a Antártida, — alí, todo mês de setembro, no início da primavera, quase a metade da concentração de ozônio é misteriosamente sugada da atmosfera. O fenômeno cíclico deixa a descoberta uma área de 3 milhões de quilômetros quadrados, maior do que toda a América do Sul, ou 15 por cento da superfície do planeta.

Sem o filtro protetor do ozônio, os adoradores do Sol ficarão expostos diretamente a radiação ultravioleta média — aquela do período das 10 às 14 horas, que todo dermatologista adverte, como a mais perigosa para a saúde. Calcula a Academia de Ciências dos Estados Unidos que uma diminuição de 1 por cento da camada de ozônio pode causar 10 mil novos casos de câncer de pele por ano só entre os americanos. As estatísticas brasileiras não são tão precisas. Mas o cancerologista Francisco Belfort, do Hospital A.C. Camargo, em São Paulo, confirma: o número de casos de carcinoma —o tipo mais comum de câncer de pele está aumentando. Dos males este ainda é o menor.

As piores conseqüências da diminuição da camada de ozônio serão sentidas no clima do planeta. O engenheiro alemão naturalizado brasileiro Volker Kirshhoff, chefe do laboratório de ozônio do INPE (Instituto de Pesquisas Espaciais), explica por quê: “Na atmosfera”, ele diz. “tudo funciona como um jogo de xadrez. Qualquer movimento de uma das peças pode abalar a posição das outras”. Por isso, teme-se que a diminuição de ozônio possa contribuir para um futuro aquecimento da Terra, quando parte da calota polar derreter, causando inundações em outras áreas do planeta. Os cientistas chamam a essa catástrofe “efeito estufa”.

Por enquanto, a situação é mais preocupante na Antártida, onde a perda anual de ozônio parece estar atrasando a chegada da primavera. Supõe-se que invernos mais longos tendam a comprometer o ciclo biológico das espécies animais e vegetais da região. Com maior segurança, os cientistas relacionam o déficit periódico de ozônio com a quebra da cadeia alimentar da fauna antártica. No ano passado, um erro atribuído à ministra do Meio Ambiente da Suécia, Birgitta Dahl, assustou os brasileiros.

Ela teria afirmado que o buraco na camada de ozônio cresceu tanto que atingiu o paralelo 16, no hemisfério sul, ou seja, o Sul da África, a maior parte da Austrália e metade da América do Sul. Na verdade, a ministra teria querido dizer paralelo 60, que nem alcança a Argentina. “Por sorte”, explica o engenheiro Kirshhoff, “a extensão do buraco no ozônio não aumentou nos últimos dois anos.” Pode ser que os seus limites estejam fixados pelas condições peculiares do clima na Antártida. De qualquer forma, há dez anos o INPE faz o monitoramento do ozônio sobre o Brasil por meio de balões e sondas, em operação conjunta com a NASA americana. E até agora não apareceram motivos de inquietação.

Quanto mais os cientistas investigam a causa da diminuição de ozônio na atmosfera, mais certos estão de que o homem, ou melhor, um composto químico chamado clorofluorcarbono, produzido pelo homem, está por trás desse desastre. Não deixa de ser uma ironia. Quando foi criado pelos químicos da General Motors em 1928, o clorofluorcarbono — ou CFC, iniciais dos três elementos que o compõem — parecia a maravilha das maravilhas. Podia ser usado com segurança como spray em inseticidas, produtos de limpeza e tinta, sem o risco de reagir com o conteúdo das latas.

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Até o inicio da década de 70, o uso do CFC — também conhecido como Freon, marca do produto fabricado pela Du Pont — cresceu sem barreiras. Dos sprays, passou para os circuitos de refrigeração de geladeiras e aparelhos de ar – condicionado. Depois, tornou-se um dos elementos das fôrmas de plástico poroso usadas para embalar sanduíches, comida congelada e ovos, além de servir como solvente na indústria eletrônica. Não havia por que imaginar que uma matéria-prima tão útil pudesse ser também perigosa.

O primeiro alarme foi acionado em 1974 pelos químicos americanos Sherwood Roland e Mario Molina. Embora inofensivo na Terra — advertiam eles —, o CFC podia ser um veneno na atmosfera. Suas moléculas passavam intactas pela troposfera — a faixa de ar que vai da superfície até cerca de 10 mil metros de altitude, onde ocorrem todas as mudanças de clima do planeta — para desembocar na estratosfera. Ali, os raios ultravioleta do Sol quebrariam as moléculas de CFC e liberariam átomos do gás cloro.

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Tudo igual nos céus do Brasil

Uma notícia tranqüilizadora para os brasileiros: a variação da camada de ozônio sobre o pais permanece estável — no máximo, aumenta ou diminui apenas 5 por cento. Pelo menos é o que dizem os instrumentos de medição do INPE. Desde 1978, o instituto acompanha a movimentação do gás na atmosfera. Quase duzentos balões já foram lançados da base da Barreira do Inferno, em Natal. As informações dos balões foram complementadas por foguetes e instrumentos de superfície instalados em Manaus, Belém, Natal, Fortaleza, Cuiabá e São José dos Campos.

Isso é possível graças a um convênio com a NASA, que fornece os equipamentos, inclusive foguetes do tipo Loki e Super-Loki, comparáveis ao Sonda-3, de fabricação nacional. Os americanos estão interessados no estudo do comportamento do ozônio perto do equador, algo até recentemente pouco conhecido. Nos últimos anos, o INPE tem aperfeiçoado suas medições. Começou a observar também o monóxido de carbono, que participa de uma série de reações quírnicas junto com o ozônio. O objetivo, diz Volker Kirshhoff, responsável pelas medições, é controlar os poluentes que podem afetar a vida na Terra.

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O ozônio

uma molécula formada por três átomos de oxigênio (O3), reagiria com o cloro (Cl), formando monóxido de cloro (ClO) e mais oxigênio (O2).

A cadeia de reações químicas não ficaria nisso. O monóxido de cloro combinando-se com o oxigênio deixa novamente livres os átomos de cloro para reagir com o ozônio. Os cientistas que gostam de fazer contas no computador calculam que, por causa desse efeito cascata, cada átomo de cloro destrói 100 mil moléculas de ozônio da atmosfera. Eles ainda alertam para um detalhe importante — o CFC tem uma vida útil de pelo menos 75 anos. Portanto, já houve descarga suficiente do gás na atmosfera para comer o ozônio por quase um século — mesmo que nem um único grama de CFC fosse produzido daqui para a frente.

Pelo menos nos Estados Unidos, o susto com a descoberta dos cientistas foi grande — e a reação não tardou. Em 1978, os americanos trataram de banir o CFC da maior parte dos aerossóis — a exceção foram os remédios, como as bombinhas para asmáticos. Naquela época, os Estados Unidos usavam 470 mil toneladas de CFC em aerossóis e 350 mil em outros produtos. Só que desde então a situação se inverteu: em 1985, os americanos consumiam 235 mil toneladas de CFC em aerossóis e 540 mil toneladas em refrigeração, embalagens etc., ou seja, o banimento adotado dez anos atrás não resolveu grande coisa. Além disso, é claro, os Estados Unidos não são o único pais do mundo a usar produtos em spray.

Em 1979, a Du Pont — uma das maiores fabricantes mundiais de CFC — divulgou um comunicado, no qual dizia que todos os dados relativos à diminuição da camada de ozônio eram apenas projeções de computador baseadas em meras suposições. Foi então que estourou a bomba. Enquanto trabalhavam nas madrugadas gélidas do pólo sul, cientistas do Instituto Britânico de Pesquisas Antárticas descobriram acidentalmente que a concentração de ozônio sobre a região não só era muito mais baixa do que em qualquer lugar da Terra, como também vinha diminuindo a cada ano desde 1977.

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A princípio, cientistas da NASA contestaram a informação, mas depois entregaram os pontos. E que o computador que manipulava as informações do satélite meteorológico Nimbus-7 estava programado para não levar em consideração mudanças como as que ocorriam nos céus da Antártida. Repassando todas as fitas gravadas, dessa vez com uma nova programação do computador, os cientistas americanos viram nos monitores surgir sobre o pólo sul uma acusadora mancha negra. Era a prova viva de que, de setembro a novembro, a camada de ozônio sobre a Antártida sofreria uma redução de 30 até 50 por cento. A partir dai, não havia mais dúvida sobre o que estava acontecendo na atmosfera.

Mas, também, como diziam funcionários do governo influenciados pelo lobby dos fabricantes de CFC, não havia certeza absoluta — como de fato não há até hoje — de que o gás era o principal culpado. Afinal, o que se convencionou chamar camada de ozônio é uma faixa de 30 mil metros de espessura, a partir de 15 mil metros acima da superfície terrestre, de um gás tão rarefeito que, se fosse comprimido a pressão e temperatura normais da Terra, formaria uma casquinha de apenas três milímetros. É impossível prever com exatidão o que acontece no seu interior. Ali, qualquer intromissão de gases quase tão perigosos como o CFC — como metano, dióxido de carbono, óxido nítrico — provoca mudanças. Descobriu-se, por exemplo, que o bromo um gás utilizado em extintores de incêndio, produz uma substância chamada halônio, cujo poder de destruição é dez vezes maior que o do CFC.

Se não conhecem detalhes, os cientistas têm uma visão bastante aproximada da vida íntima da atmosfera. Correntes de ar se deslocam dos pólos para o equador a baixa altitude e do equador para os pólos a altitudes mais elevadas, espalhando poluentes a milhares de quilômetros do local de origem. Mas na Antártida isso não ocorre. Durante o inverno, que começa em abril, a região permanece no escuro e os ventos giram em circu-los impenetráveis, que atraem massas de ar de outras partes da Terra com grandes quantidades de substâncias químicas. É o vórtex polar, onde ocorre o buraco na camada de ozônio. Em setembro, com os primeiros raios ultravioleta do Sol, as moléculas de CFC começam a se quebrar, destruindo o ozônio. O buraco só se fecha em novembro, com a renovacão do ar vinda de outras regiões.

Esta pelo menos era a teoria. Restava saber se isso realmente acontecia na prática. Uma expedição tira – teima com 150 cientistas de dezenove organizações de quatro países esteve em setembro último na Antártida para analisar a composição do vórtex polar. A NASA usou na pesquisa dois aviões: um jato DC-8 e um velho ER-2 adaptado dos aviões espiões U-2, como o que a União Soviética abateu em 1960. no mais célebre incidente da guerra fria. Com o que há de mais sofisticado em matéria de equipamentos, os aparelhos desafiaram os ventos do vórtex e, durante seis semanas, espionaram a quantidade de poluentes concentrada em seu interior.

Os resultados confirmaram as expectativas mais pessimistas. A concentração de monóxido de cloro sobre a região é cem vezes maior do que em qualquer outro lugar do globo terrestre. Como diz Volker Kirshhoff, do INPE, um veterano de expedições cientificas à Antártida, “a pesquisa não foi a resposta final, mas uma prova arrasadora de que realmente o CFC está fazendo alguma coisa de errado lá em cima”.

A NASA prometeu divulgar este mês novos resultados da expedição — e cientistas europeus bem-informados receiam que a batelada completa de dados contenha conclusões de arrepiar os cabelos. Além disso, a agência americana está programando uma análise do ar na região do pólo norte. onde não parece ocorrer um fenômeno igual ao da Antártida.

Caracterizada a parte que cabe ao CFC nessa agressão à natureza, a lógica mandaria acabar com a produção do gás. Mas nem sempre a lógica dá a última palavra. Há, de um lado, os interesses da indústria. Mas, junto com eles, há o fato não menos real de que a vida das pessoas ficou mais confortável desde o advento dos clorofluorcarbonos. Afinal, ninguém contestará que um inseticida em spray é mais prático do que as velhas bombas de “flit”. O caso do ozônio ilustra exemplarmente um dilema dos tempos modernos — como beneficiar-se das conquistas da tecnologia sem pagar o preço de prejuízos às vezes incalculáveis ao ambiente.

Controlar a produção de CFC no mundo, portanto, não é fácil. Os treze maiores fabricantes mundiais — com sede no Japão, Europa e Estados Unidos — assinaram um acordo em janeiro último comprometendo-se a acelerar os testes de identificação da toxicidade do produto e de eventuais substitutos. Mas as empresas não reconhecem como definitivas as evidências contra o CFC.

Para a Du Pont, por exemplo, “não existe nenhuma comprovação cientifica de que a camada de ozônio seja atingida pelo CFC”, diz um porta-voz da companhia em São Paulo. Mesmo assim, segundo a fonte, a empresa está desenvolvendo pesquisas em nível mundial para estudar o assunto. De seu lado, a Hoechst do Brasil, que fabrica o CFC sob a marca Frigen, reconhece que há indícios de que o gás esteja afetando o ozônio Um executivo da empresa destaca em todo caso que o consumo 2.no Brasil. 2 ainda é baixo. De fato, enquanto nos países desenvolvidos o consumo é de 1 quilo a 1,3 quilo por habitante por ano, no Brasil esse valor cai para irrisórios 80 gramas.

Em agosto do ano passado, ainda antes portanto da última safra de más noticias vindas da Antártida, a rede de lanchonetes McDonald’s anunciou nos Estados Unidos a intenção de substituir as embalagens de espuma plástica de seus sanduíches por outras que não contivessem clorofluorcarbono. A idéia foi saudada com entusiasmo, mas ainda não se concretizou — as 9 600 lojas da rede em 46 países continuam a usar a embalagem poluidora. Enquanto isso, no Brasil, a Basf, que fabrica o tradicional isopor, usando o inofensivo gás pentano em vez do CFC, desistiu de entrar no mercado de embalagens para sanduíches, aparentemente a fim de não agravar a poluição da atmosfera.

Mas a iniciativa de restringir a produção de clorofluorcarbonos não é discutida só nas empresas. Exatamente há um ano, uma conferência em Genebra, na Suíça, reuniu delegados de 32 países. Eles começaram ali a discutir mecanismos para regular o uso do produto. Foi um primeiro passo — e seus frutos não tardaram. Cinco meses depois, representantes de 24 países, entre os quais Estados Unidos, Japão, Alemanha e França — os maiores produtores —, assinaram em Montreal, no Canadá, o compromisso de reduzir a produção de CFC pela metade até 1999. Mas o documento autoriza nações em desenvolvimento a aumentar o seu uso durante uma década inteira. O resultado final. asseguram os defensores do tratado, será uma redução de 35 por cento no total de CFC na atmosfera até o final do século. Por certo, isso é insuficiente para afugentar de vez o problema.

Sob o ponto de vista técnico, as medidas adotadas em Montreal foram pouco efetivas, critica o engenheiro Kirshhoff, do INPE. “Mas do ponto de vista diplomático serviram como um empurrão inicial. Quem sabe, no futuro, essas medidas não serão ampliadas?”

O Brasil mandou dois diplomatas a Montreal, mas não assinou o protocolo. Em todo caso o Itamaraty vem promovendo consuitas sobre o assunto a diversos órgãos do governo, como o INPE e a Secretaria Especial do Meio Ambiente. Ambos se manifestaram a favor da assinatura do protocolo. Segundo o secretário especial do Meio Ambiente, Roberto Messias Franco, “o uso do CFC nas proporções atuais realmente preocupa, mas posso garantir que a nossa participação ainda é pequena”. Ele afirma que os países do Terceiro Mundo são responsáveis por apenas 6 por cento da fabricação internacional — e o Brasil por apenas 1 por cento. Messias Franco disse a SUPERINTERESSANTE que o Brasil assinará o protocolo de Montreal dentro de cinco a seis meses.

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Aerossóis, Hugo Chaluleu, “menos de 5 por cento dos sprays produzidos no país usam o CFC. A maior parte dos fabricantes prefere uma mistura de butano e propano como propelente, até porque é muito mais barato”. Na opinião de Chaluleu, “o CFC poderia ter sido abolido das latas de spray há muito tempo”. Restariam de qualquer forma os aparelhos de refrigeração, onde ainda não foi encontrado um produto adequado para substituir o gás.

Os cientistas mais preocupados com a questão insistem em que ela deve ser resolvida — e imediatamente. “As mudanças ocorridas nos últimos trinta a cinqüenta anos na atmosfera não têm precedentes e a velocidade em que elas acontecem está se acelerando”, alerta o cientista americano Gilbert White, da Universidade do Colorado. “É possível que um grande desastre esteja sendo armado. clima da Terra passou por mil mudanças ao longo dos bilhões de anos de sua existência. Mas sempre conseguiu manter o equilibrio — sem o qual o próprio planeta deixaria de abrigar a vida. Ou seja, o clima pode ser comparado a uma máquina que se corrige a si mesma, deixando entrar a quantidade certa de energia solar para harmonizar a temperatura e o desenvolvimento da vida. Mas o homem vem interferindo neste processo. Desde o surgimento do Homo sapiens até os tempos modernos, essa interferência foi desprezível. Nas últimas cinco décadas, porém, a explosão das novas tecnologias tornou a intromissão humana um fato cada vez mais carregado de riscos para a natureza no sentido mais geral. No caso especifico do ozônio. o alcance da ameaça não pode ser subestimado.

Ozônio mau

Enquanto na atmosfera o ozônio protege a Terra dos raios ultravioleta do Sol, na superfície é um poluente prejudicial, principalmente para as plantas. O ozônio mau nasce de uma reação da luz solar com o dióxido de nitrogênio das descargas dos automóveis. Nesse jogo entram também os hidrocarbonetos não destruidos no processo de queima do óleo combustível pelas indústrias. Esse ozônio é levado pelos ventos a centenas de milhares de quilômetros de distância.

Medicões realizadas pelo INPE em Natal, no Rio Grande do Norte, revelam que, em certos meses do ano, a concentração do ozônio sobre o Nordeste chega a dobrar. Provavelmente especula o engenheiro Volker Kirshhoff, o fenômeno resulta das queimadas durante a estação seca no Brasil Central.

Quanto maior a quantidade de ozônio na baixa atmosfera, maior também a perda agrícola. Pesquisas realizadas nos Estados Unidos apontam prejuízos enormes dos plantadores de soja, trigo, algodão e amendoim. E que o ozônio inibe a fotossíntese, produzindo lesões nas folhas. Nos animais, provoca irritação e ressecamento das mucosas do aparelho respiratório, além de envelhecimento precoce. Testes já mostraram que, em maiores concentrações, o ozônio destrói proteínas e enzimas.

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