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Como os técnicos calculam o tempo que o semáforo deve ficar verde?

O processo não é nada simples, tanto que requer uma fórmula matemática – baseada em fatores como o fluxo de carros por minuto – para descobrir o ciclo ideal de cada cruzamento. Cada ciclo desses corresponde, obviamente, ao tempo em que o semáforo faz a volta completa por suas três fases: verde, amarelo e vermelho. […]

Por Redação Mundo Estranho
Atualizado em 22 fev 2024, 10h53 - Publicado em 18 abr 2011, 18h58

O processo não é nada simples, tanto que requer uma fórmula matemática – baseada em fatores como o fluxo de carros por minuto – para descobrir o ciclo ideal de cada cruzamento. Cada ciclo desses corresponde, obviamente, ao tempo em que o semáforo faz a volta completa por suas três fases: verde, amarelo e vermelho. Quanto mais intenso for o tráfego em um cruzamento, mais longo será esse ciclo – e, uma vez descoberto o ciclo ideal, é preciso distribuir o chamado “tempo de verde”. “Quanto mais congestionado o fluxo em um dos lados do cruzamento, mais tempo de verde ele ganha”, diz o engenheiro Sun Ming, da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), de São Paulo. Essa medida de congestionamento depende não só do fluxo de carros por minuto mas também do chamado “nível de saturação”, determinado por fatores como largura da rua, número de carros estacionados e presença de lombadas ou valas, entre outros.

Por fim, busca-se a sincronização entre os diferentes cruzamentos, para criar “ondas de verde” nos corredores de tráfego. Nos casos ideais, os técnicos passam horas medindo o fluxo e o nível de saturação médios de cada cruzamento para, então, calcular diferentes programas conforme o horário e o dia da semana. Mas, na prática, muitos dos cruzamentos menos importantes são ajustados pelo velho método de tentativa-e-erro. O sistema mais avançado de controle de trânsito é o semáforo de tempo real, computadorizado – nele, sensores sob o asfalto calculam o fluxo de veículos e ajustam automaticamente o tempo de verde. É o método ideal, mas os equipamentos são importados e caros. “Temos quase mil cruzamentos em tempo real na Grande São Paulo, mas estão todos há muitos anos sem manutenção”, afirma Sun.

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