A linha de montagem de um carro pode ser dividida em três etapas principais: o corte das chapas de aço que formam o “esqueleto” do automóvel, a pintura da carcaça e o encaixe dos componentes elétricos e mecânicos. As linhas de montagem mundo afora seguem sempre essa ordem básica desde os tempos do empresário americano Henry Ford, que inventou as linhas para fabricar automóveis no início do século 20. Antes de Ford, os carros eram produzidos um a um. A ideia do empresário de fazer várias unidades ao mesmo tempo revolucionou a indústria automobilística no mundo todo, barateando os custos de produção e tornando os carangos mais acessíveis ao povão.
Apesar de o princípio de funcionamento das montadoras ainda permanecer o mesmo há cerca de cem anos, algumas inovações tecnológicas foram sendo incorporadas. Uma das principais diferenças entre uma fábrica de hoje e uma dos tempos de Henry Ford é no nível de automação do processo, ou seja, o uso cada vez maior de robôs na linha de montagem. Na General Motors, em São Caetano do Sul (SP), por exemplo, há etapas da fabricação, como a pintura, em que quase não há interferência humana – a não ser para apertar os botões que acionam as máquinas-operárias.
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1. Os principais “ingredientes” para fazer um carro são chapas retangulares de aço. Cada uma tem cerca de 1 milímetro de espessura
2. As chapas são moldadas em até cinco prensas diferentes com pressão de até 2 mil toneladas cada uma. Ao passar pelas prensas, ganham forma de portas, tetos e capôs
3. Na funilaria, as chapas moldadas são unidas por prensas e soldagens. Nasce assim a carroceria do carro, que irá percorrer a linha de montagem num tipo de esteira rolante
4. A carroceria passa então por um banho de fosfatização: um mergulho em um líquido que protege o aço da corrosão e da ferrugem. Depois do banho, o carro é seco numa estufa
5. Após a aplicação de uma pasta plástica que evita infiltração nos pontos de solda , o carro vai para a primeira pintura, feita com cores básicas, como preto e branco
6. Terminada a primeira pintura, nova secagem. Depois, o carro recebe uma camada de verniz para ganhar brilho e passa por jatos de tinta que lhe dão a cor final
7. Já coloridão, o carango finalmente será “recheado” na tapeçaria. Primeiro as portas são retiradas e vão para outra linha, onde ganham maçanetas, vidros, retrovisores…
8. Na linha principal mais de 4 mil peças são inseridas no carro, como fiação elétrica, painel, bancos, cintos… As peças vêm prontas de fornecedores externos ou de outros setores da fábrica
9. A parte mecânica (motor, freios, suspensão) é uma das últimas a chegar. O motor vai até a linha de montagem levado por elevadores especiais. Só no final as portas voltam
10. O carro pronto ainda passa por testes e roda cerca de 10 quilômetros para verificação dos freios, marchas, acelerador. Rola até chuva artificial para ver se a vedação está boa
11. Ao longo da linha de montagem, resto das chapas de aço são recolhidos por esteiras subterrâneas e seguem para a reciclagem. Restos de tinta também são tratados na fábrica