Clique e Assine SUPER por R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

Como seria um apocalipse zumbi no Brasil? Parte 5: Fuga

Para onde fugir, em caso de apocalipse zumbi no Brasil? Nosso mapa indica as principais rotas migratórias e quatro "esconderijos" país adentro

Por José Eduardo Coutelle
Atualizado em 22 fev 2024, 10h19 - Publicado em 3 dez 2016, 11h24
zumbis-10
(Rainer Petter)

ILUSTRA Rainer Petter

ESSA É A ÚLTIMA PARTE DA MATÉRIA DE CAPA APOCALIPSE ZUMBI NO BRASIL. CONFIRA AS OUTRAS:
– Parte 1: Saúde
– Parte 2: Política
– Parte 3: Militares
– Parte 4: População Civil

 

29. Os novos bandeirantes

Lembra que você aprendeu na escola que nossa colonização foi concentrada no litoral e, por isso, lá estão as cidades mais populosas? Então: é nelas que a doença se disseminará mais rápido. O caos irá se espalhar e, com o tempo, tanto fugitivos saudáveis quanto desmortos migrarão rumo ao oeste. A epidemia se organizará num fluxo da costa para o interior.

 

30. Ninguém escapa

Se o contágio começasse mesmo em um hospital do Rio de Janeiro, médicos, enfermeiros e parentes do infectado seriam os primeiros a propagá-lo. Depois, agentes funerários e religiosos. Mesmo considerando que apenas cadáveres ambulantes espalhassem a doença, andando a 0,5 km/h, o avanço seria impressionante: em menos de três semanas, estariam em Brasília.

Continua após a publicidade

 

31. A terra prometida

Na dúvida, vá para o Centro-Oeste. A região é plana (o que facilita a vigilância), tem gigantescas áreas desocupadas e muita comida (Mato Grosso é o maior produtor de gado bovino do país). O único problema seriam os fazendeiros, dados a repelir invasores com violência. Evite o Pantanal, que tem terreno impróprio para fugas de emergência e predadores como onças.

 

32. Radical demais

Não adianta só se isolar: o local também precisa ser propício ao longo período de sobrevivência. Por exemplo: a ilha de Trindade, a 1.167 km do continente, é o ponto mais remoto habitado no Brasil, mas não tem rios e quase nenhuma fonte de alimentos. Os quase 3 km de altitude do Pico de Neblina ofereceriam proteção, mas escalá-lo poderia levar até duas semanas.

 

Continua após a publicidade

PARA ONDE CORRER

Veja qual dos destinos é mas perto para você

 

SANTA MARIA (RS)
Distância:
a 290 km de Porto Alegre
Densidade: 146 habitantes por km2 (média)
Vantagens: possui uma Base Aérea da FAB e a 3ª Divisão do Exército, com 6,7 mil homens, divididos entre infantaria blindada, bateria antiaérea cavalaria mecanizada.

 

SÃO ROQUE DE MINAS (MG)
Distância:
a 320 km de Belo Horizonte
Densidade: 3,1 habitantes por km² (baixa)
Vantagens: longe dos grandes centros urbanos. Isolamento e proteção no Parque da Serra da Canastra, com inúmeras nascentes e fauna variada.

Continua após a publicidade

 

JAPURÁ (AM)
Distância:
a 919 km de Manaus (distância fluvial)
Densidade: 0,13 habitante por km² (baixíssima)
Vantagens: acessível só por barco, é o local mais desabitado do Brasil. Por ser divisa com a Colômbia, é enquadrada como Área de Segurança Nacional

 

MATEIROS (TO)
Distância:
a 274 km de Palmas
Densidade: 0,23 habitante por km² (baixíssima)
Vantagens: área pouco povoada. O Parque Estadual do Jalapão abriga animais, como veados, antas e capivaras, e é entrecortado por riachos de água transparente


ANÁPOLIS (GO)
Distância:
a 59 km de Goiânia
Densidade: 358 habitantes por km² (média)
Vantagens: conta com o segundo maior polo farmoquímico do país, com mais de 20 indústrias de medicamentos (entre elas o Laboratório Teuto/Pfizer), que poderiam pesquisar uma cura

Continua após a publicidade

 

zumbis-11
(Reprodução/Divulgação)

AS PIORES CIDADES

Se você mora nelas, reze para os mortos nunca saírem dos túmulos


FLORIANÓPOLIS (SC)

A “Ilha da Magia” viraria a Ilha do Vodu: seria difícil para os 421 mil habitantes conseguirem escapar para o continente só por três pontes. Muitos teriam que se aventurar a nado. Ponto positivo: alta verticalização (31,3%).

 

RIO DE JANEIRO (RJ)

Milionários se refugiariam em mansões fortificadas em Angra dos Reis, mas, para o resto da população, presa entre a serra e o mar, sobrariam poucas saídas. Ponto positivo: o crime organizado, altamente equipado, ajudaria na resistência.

Continua após a publicidade

SÃO PAULO (SP)

É simplesmente a maior concentração urbana do país – 11,2 milhões de moradores na capital e mais 10 milhões nas cidades arredores. Viraria um filme de terror inescapável em poucos dias. Ponto positivo: Instituto Butantan pode liderar as pesquisas por uma vacina.

 

 

CONSULTORIA Rodrigo Stumpf Gonzalez, professor do Departamento de Ciência Política da UFRGS

FONTES Artigos A Crise e a Saúde Pública, de José Luiz Spigolon, As Medidas de Quarentena Humana na Saúde Pública: Aspectos Bioéticos, de Iris Almeida dos Santos e Wanderson Flor do Nascimento, You Can Run, You Can Hide: The Epidemiology and Statistical Mechanics of Zombies, de Alexander Alemi, Matthew Bierbaum, Christopher Myers e James Sethna; livros Guerra Mundial Z: Uma História Oral da Guerra dos Zumbis e O Guia de Sobrevivência a Zumbis, ambos de Max Brooks; documentários The Truth Behind Zombies, do National Geographic, e Zombies: A Living History, do History Channel; relatórios Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio 2012 e Atlas da Violência 2016, ambos do Ipea, Execução Orçamentária, do Ministério da Defesa, Small Arms Holdings in Brazil: Toward a Comprehensive Mapping of Guns and Their Owners, de Pablo Dreyfus e Marcelo de Sousa Nascimento; sites IBGE, CNT, Denatran, Conselho Federal de Medicina, Abraciclo, Centers of Disease Control, Military Power, Global Firepower, Zombie Research Society e Defesa Net

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Oferta dia dos Pais

Receba a Revista impressa em casa todo mês pelo mesmo valor da assinatura digital. E ainda tenha acesso digital completo aos sites e apps de todas as marcas Abril.

OFERTA
DIA DOS PAIS

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.