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Como sobreviver a um desastre aéreo?

Passageiros na parte traseira do avião têm uma chance maior de sair com vida

Por Yuri Vasconcelos
Atualizado em 22 fev 2024, 10h13 - Publicado em 7 jun 2017, 15h39

Desastre aéreo

1. Um levantamento dos acidentes aéreos ocorridos nos EUA desde 1971 divide os aviões em três setores: parte da frente, intermediária e traseira. Em cada setor as chances de sobrevivência são diferentes, como você vê nesta planta de um Airbus 320

2. Pelo levantamento americano, os ocupantes das poltronas traseiras aumentam em até 40% suas chances de sobreviver a um acidente. É que as poltronas da frente sofrem os impactos com mais força e podem ser esmagadas pelas poltronas traseiras

3. Independentemente do setor, sentar perto de uma saída também pode fazer diferença. Na hora de abandonar um avião acidentado, quem está perto das portas deixa o local mais cedo – antes de uma explosão, por exemplo

4. Outro lugar que leva vantagem no quesito segurança são as poltronas perto das asas. Nesses pontos do avião, a fuselagem é mais resistente e tende a se deformar menos após um choque

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Desastre aéreo
(Luciano Veronezi e Rubens Paiva/Mundo Estranho)

5. A última recomendação dos especialistas é sempre usar o cinto de segurança enquanto estiver sentado. E com ele bem ajustado. Cada centímetro de folga pode até triplicar a intensidade da força G sobre o corpo na hora de um impacto

CHANCES DE SOBREVIVER
As porcentagens vêm de levantamento publicado na revista Popular Mechanics a partir de dados do National Transportation Safety Board (NTSB), dos EUA. Os percentuais são altos porque o levantamento inclui todo tipo de acidente, até mesmo pousos e decolagens de emergência – casos mais comuns

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Passageiros na parte da frente – 49% de chances de sobreviver
Passageiros na parte intermediária – 56% de chances de sobreviver
Passageiros na parte traseira – 69% de chances de sobreviver

CASO REAL

Doze minutos após a decolagem, uma explosão assustou os 524 ocupantes do Boeing 747 que seguia de Tóquio rumo a Osaka, no Japão, em 12 de agosto de 1985. Parte da cauda do avião havia se desprendido. Enquanto uma fumaça saía da parte de trás, o piloto tentava controlar a aeronave. Ele não conseguiu. 32 minutos após a explosão, o avião desgovernado se chocou com uma montanha, o Monte Osutaka.

Diante do devastador acidente, que até hoje é considerado o segundo pior da história, veio a surpresa: quatro pessoas tinham sobrevivido, entre elas a garota Keiko Kawakami, então com 12 anos. “Ajude-me, pai”, disse ela após a queda, segundo reportagem da época do jornal Akahata. “Não posso me mexer. Não posso ajudá-la”, teria respondido o pai, que morreu instantes depois.

Os sobreviventes, todos mulheres, sentavam nas últimas fileiras. As estatísticas mostram que esse setor, de fato, é mais seguro. É claro que, num choque direto com o solo, as esperanças de sair vivo são quase nulas. Mas, principalmente em pousos e decolagens de emergência, algumas escolhas podem aumentar as chances de sobrevivência em um desastre aéreo.

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