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De onde vem o dinheiro para uma campanha política?

Por Luiz Fujita
Atualizado em 22 fev 2024, 11h37 - Publicado em 5 nov 2008, 17h07

Há várias fontes de arrecadação, mas a maior parte da grana vem de doações. As pessoas físicas (gente comum, como seu pai ou seu tio) podem doar até 10% dos ganhos declarados à Receita no ano anterior à eleição. Já o limite para as pessoas jurídicas (as empresas) é de 2% da receita bruta no mesmo período. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que define as regras de campanha, exige que os partidos façam uma previsão de gastos. Se o orçamento estourar, o partido tem de pagar uma multa. Abaixo, mostramos a grana que entrou e saiu na campanha de Luiz Inácio Lula da Silva em 2006. Entre os principais candidatos que concorreram à Presidência, Lula é o único cujos gastos e doações de campanha detalhados estão no site do TSE – por isso não mostramos as contas dos outros candidatos. 🙂

QUEM DÁ MAIS?

Veja quanto o PT arrecadou e gastou na campanha de Lula em 2006

PESSOAS E EMPRESAS

Há duas maneiras de cidadãos e empresas financiarem uma campanha: doar diretamente ao candidato ou fazer um depósito para o comitê do partido, que distribui o dinheiro aos vários candidatos da legenda. As doações diretas a Lula somaram só 1,8% do total, contra 79,8% dos que preferiram fazer doações ao comitê. Militantes também contribuem como pessoas físicas

FUNDO PARTIDÁRIO

Todo ano os partidos recebem uma verba do Fundo Partidário, dinheiro que vem do orçamento do governo federal. Uma parte é distribuída igualmente entre todos os partidos, e outra parte leva em conta o número de representantes que cada um elegeu: quanto mais eleitos, mais dindin. Em 2006, o fundo distribuiu R$ 148 milhões aos partidos do país

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EVENTOS E PRODUTOS

Outra maneira de conseguir grana é promover eventos, de palestras e seminários a shows e jantares para empresários com venda de convite. Há ainda o licenciamento de marcas e produtos: chaveiros em forma de tucano, broches em forma de estrela, canetas, bonés e bugigangas em geral. Hoje essa fonte de recursos é pouco utilizada nas campanhas

Publicidade por material impresso – R$18 985 368,27

Publicidade por faixas, estandartes e placas – R$15 754 820,75

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Produção de programas de rádio, televisão ou vídeo – R$12 000 160

Despesas com transporte – R$10 019 704,80

Pesquisas e testes eleitorais – R$6 575 897

Locação de mão-de-obra de terceiros – R$6 101 036,13

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Comícios – R$4 271 013,21

Recursos de partido político – R$3 239 019,11

Recursos de outros candidatos/comitês – R$2 380 829,15

Publicidade por marketing – R$2 121 000

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Outros gastos – R$10 041 822,29

TOTAL DE DESPESAS DE CAMPANHA: R$91 490 670,71

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