Você é quem sabe. Se quiser aplaudir, aplauda. Se não estiver a fim, desencane. A verdade é que não existe nenhuma norma ou regra que proíba o aplauso depois que o hino for tocado. Tudo o que a legislação prevê sobre o assunto está escrito na Lei 5 700 de 1º de setembro de 1971. Ela traz uma recomendação bem genérica, instruindo que a apresentação dos símbolos do país – a bandeira, as armas nacionais e o hino – exigem “atitude respeitosa” dos cidadãos. “O aplauso é uma manifestação pública, não é uma falta de educação. Portanto, não há nada que impeça o público de aplaudir a execução do hino”, diz o advogado Orlando Celso Timponi, conselheiro e coordenador geral de protocolo do Ministério das Relações Exteriores.
O que não é de bom-tom, ressalva o especialista, é zoar o hino – aí, sim, a atitude cai no desrespeito. Essa história de que não se pode aplaudir o hino ganhou força nas escolas. Atire a primeira pedra na bandeira quem nunca teve uma professora chata que brigava com quem batesse palmas depois do hino (e geralmente a gente batia só pra infernizar…). Hoje, apenas os mais tradicionais acham falta de educação aplaudir o hino – ainda assim, apenas nas cerimônias mais formais, como antes da entrega dos diplomas em uma formatura, por exemplo. Mas, na maioria dos encontros públicos, como shows, comícios e jogos de futebol, o público costuma se empolgar depois do “pátria amada, Brasil”. Pode bater palmas que tá liberado!