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Mulheres que mudaram a história: Marie Curie

Ela inventou o termo "radioatividade". Suas pesquisas a levaram a receber dois prêmios Nobel. Mas acabou morrendo vítima do fenômeno que estudava

Por Tiago Cordeiro
Atualizado em 22 fev 2024, 10h06 - Publicado em 6 mar 2018, 15h55

O que foi: Física e química
Onde viveu: Polônia e França
Quando nasceu e morreu: 1867-1934

Ela é uma das mais importantes cientistas que já existiram e recebeu o devido reconhecimento por isso. Ninguém mais ganhou dois prêmios Nobel de áreas científicas diferentes – em seu caso, física e química. Linus Pauling tem dois, mas um é da paz. John Bardeen levou dois de física e Frederick Sanger dois de química. Aliás, Marie é a única pessoa laureada pelo Nobel com um filho premiado (no caso, Irène Curie).

Marie Curie e seu marido, Pierre, receberam o primeiro prêmio em 1903, ao lado de Henri Becquerel. Henri descobriu a radioatividade em 1896, mas Marie criou esse termo e, no mesmo ano de 1903, se tornou a primeira mulher da história a receber na França o título de doutora.

Na sequência, sozinha, ela descobriu dois elementos químicos, o rádio e o polônio, anunciados em 1898. Por isso acabou premiada novamente, em 1911.

DE GOVERNANTA A FÍSICA

Na juventude, Marie foi pobre. Para pagar seus estudos, ela e a irmã Bronislawa se revezaram: enquanto uma fazia faculdade, a outra trabalhava como governanta. Marie acabou se formando em física e matemática na Universidade de Paris.

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Com o dinheiro que ganhou com os dois Nobel, alcançou conforto para si e para seus amigos e alunos, a quem passou a ajudar bancando estudos e pesquisas.

Para descobrir dois novos elementos químicos, Marie passou meses dentro de um porão escuro, testando diferentes materiais. Tudo começou quando ela intuiu que a radioatividade era um fenômeno que acontecia no nível dos átomos e variava de acordo com o tipo de elemento químico.

Encantada com a descoberta, ela passou o resto da vida procurando utilidades para a radiação. Mantinha na cabeceira um pedaço de urânio, que brilhava no escuro.

Estava tão cercada de radioatividade que seu caderno de receitas culinárias até hoje precisa ser manuseado com o uso de roupas especiais.

VIÚVA JOVEM

Em 1903, enquanto se tornava doutora, Marie foi recusada pela Academia Francesa de Ciências. Já havia abandonado seu país natal, a Polônia, porque a Universidade de Cracóvia não aceitava mulheres. Ela não se conformava. Queria ser vista como uma pesquisadora, independentemente de gênero.

A pesquisadora nasceu Maria Sklodowska, filha de professores poloneses perseguidos por defenderem a independência do país em relação à Rússia. Manteve a relação afetiva com Varsóvia e alfabetizou as duas filhas, Irène e Éve, em francês e polonês.

Viúva desde a morte de Pierre, atropelado em 1906, levou adiante as pesquisas iniciadas ao lado do marido. Acabaria falecendo em 1934, vítima da radiação que estudava.

Dica de filme – Marie Noëlle dirige Marie Curie, produção alemã de 2016 com Karolina Gruszka no papel principal.

SEUS MAIORES ACERTOS

    • Descobriu elementos – O trabalho pioneiro da física e química, com a descoberta do polônio e do rádio, ajudou a fundar as bases da radioatividadeApostou na medicina – O uso médico da radiografia foi acelerado graças a ela, que desenvolveu unidades móveis que tiravam chapas no meio da 1ª Guerra
    • Estimulou a pesquisa – A pesquisadora conseguiu os fundos necessários para criar dois centros de pesquisa do assunto, um em Paris, outro em Varsóvia

SEUS MAIORES FRACASSOS

  • Ficou na sombra – No começo da carreira, em algumas situações, Marie foi obrigada a deixar o marido, Pierre, apresentar sozinho as pesquisas realizadas pelo casal. Aconteceu, por exemplo, durante um evento científico em Londres, onde os organizadores se recusaram a ouvir uma mulher
  • Não se cuidou – Marie Curie não tinha como saber num primeiro momento, mas manipular radiação por muitos anos a levaria à morte por anemia aplástica. Ela não mudou os hábitos mesmo quando surgiram indícios de que a radiação era perigosa
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