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O bizarro caso Tamám Shud e seu cadáver misterioso

Um corpo deixado numa praia, um papel enigmático, um livro de poesias e um mistério que já dura décadas

Por Yuri Vasconcelos
Atualizado em 22 fev 2024, 10h18 - Publicado em 9 dez 2016, 14h09

1. Na manhã de 1o de dezembro de 1948, um cadáver foi achado na praia australiana de Somerton, em Adelaide. Sua identidade permanece desconhecida até hoje. Havia sangue no estômago, demonstrando que ele sofrera uma hemorragia gástrica aguda. O caso ganhou as manchetes dos jornais, sem que ninguém reconhecesse o defunto

2. Em 14 de janeiro de 1949, descobriu-se uma mala marrom na estação de trem de Adelaide que pertencia ao morto. Ela tinha sido colocada lá na véspera da morte e, entre outras coisas, guardava uma linha de costura laranja semelhante à usada para remendar um dos bolsos da calça do cadáver. A etiqueta de identificação fora arrancada

3. Em um bolso da calça do homem, os investigadores acharam um pedaço de papel impresso com a inscrição “Tamám Shud”. Os termos fazem parte da coleção de poemas Rubaiyat, do escritor persa Omar Khayyam, e querem dizer “fim” ou “terminado”

4. A polícia fez uma busca pelo livro e recebeu uma informação: uma edição de Rubaiyat aparecera misteriosamente no banco do carro de um homem na noite de 30 de novembro, a véspera da morte do falecido. O carro estava estacionado destrancado em um estacionamento de Glenelg, um subúrbio a cerca de 400 m da praia onde o corpo foi achado

5. Exames revelaram que o pedaço de papel pertencia àquela cópia. Na parte de trás da obra havia o que parecia ser um código secreto e o número de telefone de uma enfermeira que servira na 2a Guerra e morava em Glenelg. Ela admitiu que, no passado, dera o livro a um oficial do Exército chamado Alfred Boxall. A polícia procurou o homem e o encontrou vivo – e com uma cópia do livro

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6. Sem conseguir desvendar o caso, a polícia fez um molde em gesso da cabeça e do dorso do homem para possíveis identificações no futuro. Para evitar que fosse sepultado como indigente, o Exército da Salvação pagou seu enterro. Anos após sua morte, flores passaram a ser encontradas sobre sua lápide. Nunca se descobriu quem as colocava ali

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Teoria 1 – Pai perdido

Jessica Thomson, a tal enfermeira, teve mais um filho, Robin, que era um bebê na época do caso e morreu em 2009. Ele alegava que o homem misterioso era seu pai

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Teoria 2 – Espião

Ao longo das investigações, a polícia cogitou várias identidades para a vítima, mas nunca conseguiu uma confirmação definitiva. Especulou-se que podia se tratar de um espião – isso explicaria o bilhete com as inscrições cifradas e a falta de documentos de identidade. O fato de Alfred Boxall ser um ex-militar poderia ser uma evidência – estaria o Exército envolvido?

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Teoria 3 – Casal secreto

Em novembro de 2013, Kate Thomson, filha de Jessica (morta em 2007), foi a um programa de TV dizendo que sua mãe conhecera sim o homem e mentira à polícia no passado. Segundo Kate, tanto o sujeito quanto a mãe eram espiões russos, e ela seria filha dos dois (assim como Robin). Apesar de seus pedidos, a Justiça não concordou em exumar o cadáver e fazer exames de DNA

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