Assine SUPER por R$2,00/semana
Continua após publicidade

O que é a teoria dos seis graus de separação?

Teoria nasceu em um livro de ficção

Por Lucas Massao
Atualizado em 22 fev 2024, 10h11 - Publicado em 18 set 2017, 17h39
(Anthony Mazza/Mundo Estranho)

Pergunta do leitor Pedro Saliba, São Paulo, SP
Ilustra Anthony Mazza
Edição Felipe van Deursen

 

É uma teoria que diz que todas as pessoas estão interligadas por um número pequeno de conexões. A origem não é científica, mas literária: foi criada em 1929 pelo escritor húngaro Frigyes Karinthy no livro Tudo É Diferente. Para Karinthy, os avanços na comunicação e nos transportes fariam com que, apesar das distâncias entre as pessoas, os círculos sociais ficassem cada vez maiores.

Continua após a publicidade

A partir dessa hipótese, um personagem especulou a ligação entre um operário da Ford, nos EUA, e ele, em Budapeste. A ficção inspirou a realidade, e a ideia serviu de base para estudos de matemática, computação e ciências sociais que abordam o conceito de redes de influência e difusão de informação.

O primeiro teste
Em 1960, o psicólogo americano Stanley Milgram enviou 300 pacotes a moradores de alguns lugares dos EUA. Junto com a encomenda, um bilhete pedia que as pessoas fizessem o pacote chegar a um homem específico de Boston. Para isso, elas deveriam enviar a caixa a um conhecido, até que ela chegasse à pessoa. Cem pacotes atingiram o destino final, e eles passaram por seis etapas

Na época digital
Pesquisadores da Universidade Columbia, nos EUA, em 2002, escolheram 61.168 participantes para enviar mensagens a 18 alvos específicos, que iam de veterinários noruegueses a estudantes na Sibéria. Apesar de somente 324 mensagens terem chegado aos 18 escolhidos, os e-mails passaram por, em média, cinco a sete pessoas

Continua após a publicidade

No livro de rostos
Os dois testes foram replicados, em 2016, pelo Facebook e sua base de 1,59 bilhão de usuários cadastrados. O resultado, obtido por meio de algoritmos estatísticos e cruzamento de dados, indicou que havia uma média de 3,57 a 4,57 graus de separação entre você, Beyoncé, o papa Francisco e o Zé da Esquina. As redes sociais aproximaram ainda mais os seres humanos. Pelo menos nos números

Consultoria Álisson Hatsek, estatístico e professor de matemática da plataforma de ensino Me Salva!
Fontes The Guardian, The New York Times, Science Alert; livros Linked, de Albert-Laszlo Barabasi, Chain-Links, de Frigyes Karinthy, e Small World Problem, de Stanley Milgram; estudo E-mail Study Corroborates Six Degrees of Separation, de Peter Sheridan Dodds e outros autores

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.