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Por que as águas dos rios Negro e Solimões não se misturam?

Porque a composição química, a temperatura e a velocidade dos dois são diferentes

Por Rafael Costa
Atualizado em 22 fev 2024, 10h32 - Publicado em 30 nov 2015, 18h06

Porque a composição química, a temperatura e a velocidade dos dois são diferentes. Ao longo de um percurso de cerca de 6 km, os rios Negro e Solimões andam lado a lado sem se misturar antes de se tornarem um só – o grande Rio Amazonas. Segundo Karime Bentes, professora de química da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), o fenômeno, conhecido como Encontro das Águas, acontece devido à diferença de “composição e acidez, aliada à temperatura e à velocidade das duas correntezas”. O Rio Negro, que carrega uma grande quantidade de matéria orgânica desde sua nascente na Colômbia (o que dá o tom escuro à sua água), corre a cerca de 2 km/h com uma temperatura de 28 °C. Já o Solimões, que nasce nos Andes peruanos e tem uma água de aspecto barroso, devido a uma carga de sedimentos vindos da erosão de solos de origem vulcânica, faz o percurso em uma velocidade aproximada de 4 a 6 km/h a uma temperatura de 22°C.

– Quantas Amazônias existem?

Pergunta Caina Chiarini, São Paulo, SP

CONSULTORIA Karime Bentes, professora de química da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Rodrigo Marques, químico do Departamento de Físico-Química da Unesp, e Claudio Furukawa, físico do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP)

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