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Por que mulheres e crianças têm prioridade em situações de emergência?

Veja por que mulheres e crianças têm prioridade em situações de emergência

Por Fred Linardi
Atualizado em 22 fev 2024, 11h32 - Publicado em 7 jun 2010, 15h13

“Em situações de emergência, crianças e mulheres são os mais propensos a sofrer abusos e explorações”, explica Halim Antônio Girade, coordenador da área de emergências da Unicef no Brasil. “Pessoas desse grupo são os primeiros a perder seus direitos em condições extremas, assim como os idosos, que também devem receber atendimento prioritário”. Um incidente que ilustra bem este problema é o furacão Katrina, que alagou a cidade de Nova Orleans, EUA, em 2005. Nos abrigos, mesmo abarrotados de gente, muitas mulheres sofreram abuso sexual. Já em países com guerras civis, é comum treinar crianças para entrar na guerrilha. Para manter os direitos deste grupo de pessoas, teoricamente mais frágeis e dependentes, existe a Declaração sobre a Proteção da Mulher e da Criança em Estados de Emergência e de Conflitos Armados, criada pela ONU em 1974 – o texto é reforçado pela Convenção sobre os Direitos da Criança, de 1989. No Brasil, a prioridade de atendimento em situações emergenciais é sempre de crianças, adolescentes e grávidas – por carregar uma criança no ventre. Só então é a vez de mulheres e idosos.

TROCA TROCA
 Quando a tragédia tem muitas vítimas, as prioridades podem mudar.

Em grandes terremotos, a preferência é atender quem tem mais risco de morte, não importando se é homem, mulher ou criança. Quando rola despressurização em aviões, os adultos devem vestir máscaras de oxigênio para só depois colocá-las nas crianças.

Ilustração: André Valente

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