Várias ferramentas facilitam a vida de quem quer encarar essa aventura. O brasileiro Beto Pandiani e o francês Igor Bely, por exemplo, se dispuseram a cruzar o Atlântico num catamarã (embarcação com dois cascos) que não tinha motor, mas contava com painéis solares, GPS e até piloto automático. A dupla saiu da Cidade do Cabo, na África do Sul, em 20 de março, e tinha a chegada em Ilhabela (SP) prevista para 19 de abril, depois de 30 dias à bordo e 6,6 mil km de viagem.
TECH A BORDO
Catamarã dos aventureiros tinha até notebook à prova d’água
CONECTADOS NO MUNDO
O rastreador Yellowbrick funcionava como um GPS, mostrando a exata localização da embarcação. Mas também servia para enviar textos e imagens, alimentando em tempo real o site travessiadoatlantico.tumblr.com.
MÃOZINHA EXTRA
Como não havia cabine no barco, os velejadores dormiam, em rodízio, numa barraca de lona e alumínio, em formato de casulo. Para que pudessem descansar, um piloto automático de alta precisão assumia a navegação.
SEM SAL
Um dessalinizador bombeado à mão removia 98% do sal da água do mar, tornando-a potável. Para comer, havia enlatados, grãos secos, produtos liofilizados e, no início da viagem, frutas frescas.
S.O.S.
Além de contar com um GPS, a dupla levou um equipamento chamado Epirb (sigla em inglês para “faixa de rádio de emergência indicadora de posição”), que transmitiria um sinal via satélite caso algo desse errado.
LÁ VEM O SOL
Leves e resistentes, painéis solares estavam posicionados estrategicamente. Garantiam parte da energia usada por outros equipamentos, como um notebook à prova d’água usado para registrar grandes momentos da viagem.
Curiosidade
Para cumprir o trajeto no prazo, a meta da dupla era navegar 135 milhas (217 km) por dia