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Quem é Jhon “Popeye” Velásquez, o matador do cartel de Medellín

Ele foi um dos sicários mais mortais de Pablo Escobar. Mas, diferentemente do patrão, sobreviveu e hoje é webcelebridade

Por Janaína Harada
Atualizado em 14 fev 2020, 17h25 - Publicado em 2 ago 2018, 16h06

SUGESTÃO DO LEITOR Edson José de Santana, via Facebook
ILUSTRA Murilo Araujo
EDIÇÃO Felipe van Deursen

FICHA CRIMINAL
NOME Jhon Jairo Velásquez Vásquez (1962)
LOCAL DE ATUAÇÃO Colômbia
MORTES 3 mil (direta e indiretamente)

1. Jhon, ou J.J., nasceu em uma zona industrial em Yarumal, cidade nos Andes colombianos na região de Medellín. Sem muito o que ver nem o que fazer no pequeno município (que hoje tem 35 mil habitantes), ele considerava sua infância limitada. Tudo mudou quando o emprego de seu pai transferiu a família para Itagüí, na região metropolitana de Medellín

2. Lá, mais velho, J.J. cogitou trabalhar na polícia, alistando-se em uma unidade local. Mais tarde, tentou a vida como fuzileiro naval, mas se frustrou ao perceber que o trabalho era tedioso, sem a ação e as armas que ele imaginava. Nessa época, o queixo saliente (que seria operado anos depois) rendeu-lhe o apelido de Popeye

3. Popeye reencontrou um amigo de infância, Jhon Tascón, o Pinina, que trabalhava em uma organização em franca ascensão, o cartel de Medellín. Pinina o convenceu a se juntar a ele como sicário (matador). Aos 18 anos e sonhando com um futuro com grana e mulheres, Popeye topou. Sua primeira missão: matar o motorista de ônibus que negou ajuda à mãe de um amigo do chefão do cartel. Esse chefão se chamava Pablo Escobar

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4. O tráfico de cocaína deixou Escobar tão poderoso nos anos 1980 a ponto de ele entrar na mira dos EUA, que tinham o maior mercado consumidor da droga no mundo e queriam que os grandes traficantes fossem julgados lá. Para pressionar o governo colombiano a não aceitar acordos de extradição, Escobar ordenou uma série de sequestros de políticos. Popeye participou do processo e chegou, em 1988, a sequestrar até um candidato a prefeito de Bogotá, Andrés Pastrana

5. Popeye manteve Pastrana em cativeiro por oito dias, no mesmo lugar que o procurador-geral Carlos Mauro Hoyos. Escobar decidiu eliminar o promotor, e Popeye realizou o serviço com três tiros. Resgatado, Pastrana foi eleito prefeito de Bogotá (em 1998, ele viraria presidente da Colômbia). Em 1990, Popeye sequestrou outro figurão: Francisco Calderón, que se tornaria vice-presidente do país, em 2002

6. O poder do cartel era visível em seu arsenal. Os traficantes chegaram a ter lança-foguetes, mas não aprenderam como usá-los. Em vez disso, Popeye investiu nos carros-bomba. Ele foi responsável por pelo menos 200 atentados em Bogotá, Medellín e Cali e participou do planejamento da explosão do voo 203 da Avianca, que matou 110 pessoas em 1989

7. Em 1991, já parte dos Extraditáveis, grupo de elite do cartel, Popeye se mudou para a Catedral, a luxuosa prisão desenhada e arquitetada por Escobar, de onde o Patrón continuaria a comandar o tráfico de drogas. Lá, Escobar assassinou Fernando Galeano e Gerardo Moncada, membros do Cartel acusados de desviar dinheiro do tráfico. Coube a Popeye desmembrar e atear fogo nos corpos

8. Popeye se entregou à polícia em 1992, quando o cerco ao cartel se fechava cada vez mais. Ele foi condenado a 30 anos de prisão pela morte do candidato à presidência Luis Carlos Galán, em 1989. Mas não por todas as outras, que lhe renderam uma nota preta. Só por Galán, ele ganhou US$ 100 mil. Quando matou Hoyos, faturou outros US$ 200 mil

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9. Na prisão, Popeye foi alvo de diversas tentativas de assassinato até ser transferido para um presídio de segurança máxima, onde entrou em acordo para a redução da pena e fez diversos cursos. Ele também virou mentor de jovens prisioneiros, orientando-os a não retornar ao crime. Entrou em liberdade condicional em 2014

QUE FIM LEVOU Depois da prisão, Popeye escreveu livros e virou youtuber. Mas foi acusado de violar a condicional e se reunir com um traficante. Em 2018, ele voltou à cadeia

 

FONTES El Tiempo, Telegraph, UOL, Rolling Stone, Popeye Arrepentido, El País, History Channel e The Vintage

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