PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana

Retrato Falado: os irmãos chineses canibais

Shen Changyin e Shen Changping foram um caso raro: inicialmente motivados por dinheiro, só depois começaram a matar por prazer

Por Danilo Cezar Cabral
Atualizado em 22 fev 2024, 10h26 - Publicado em 19 abr 2016, 15h14
Retrato Falado: irmãos chineses canibais
(Felipe Watanabe/Mundo Estranho)

1. Os registros chineses sobre os dois irmãos são cheios de falhas. Sabe-se que Shen Changyin, o mais velho, nasceu em 1976. Aos 23 anos, cometeu o primeiro crime: esfaqueou um sujeito por causa de dinheiro. Mas nunca foi preso: o caso só veio à tona em 2004, quando ele e o irmão já eram investigados por assassinatos em série

2. No início da vida adulta, os dois abriram uma loja de autopeças. Mas, em torno de 2003, o negócio começou a naufragar e acumular dívidas. Foi aí que começaram a planejar roubar garotas de programa. A ideia era fingir contratá-las, levá-las a um lugar remoto, tomar seu dinheiro e depois matá-las

3. Changyin costumava ser o “cabeça”, facilmente influenciando o caçula. A primeira vítima foi rendida e amarrada numa casa abandonada. Os irmãos voltaram ao quarto de hotel dela e roubaram grana, talões de cheque e um cartão de banco. Após descobrirem a senha, estrangularam a prostituta e mutilaram o corpo

4. Entre 2003 e 2004, os irmãos cometeram 11 assassinatos em diversas províncias da China – eles mudavam constantemente de local para não levantar suspeitas. Seus alvos eram sempre mulheres entre 16 e 26 anos, que trabalhavam em boates, lojas de massagem ou salões de beleza que serviam de fachada para casas de prostituição

5. Curiosamente, não houve registro de agressão sexual a nenhuma das garotas. Changyin e Changping as matavam a facadas ou por estrangulamento, depois desmembravam e queimavam os corpos. Alguns foram dissolvidos em ácido e eliminados no vaso sanitário. Outro foi moído em um processador de carne industrial

6. Segundo a investigação posterior da polícia, os roubos renderam em torno de 120 mil yuans – pouco mais de R$ 43 mil. Mas, com o tempo, os irmãos já não estavam interessados só na grana. O prazer em matar descambou para o canibalismo: o irmão mais velho extraiu e comeu os rins das três últimas vítimas

Continua após a publicidade

7. O roteiro dos ataques sofria poucas alterações, mas algumas foram significativas. Em três momentos distintos, a dupla poupou a garota e a forçou a trabalhar para eles, atraindo novas vítimas. Para torná-las cúmplices, também as obrigou a matar. A segunda delas, Zhao Meiying, acabou sendo capturada após uma denúncia anônima

8. Zhao ajudou os investigadores a rastrear os irmãos. Em agosto de 2004, a polícia prendeu a dupla e a terceira comparsa, Du Surong, em um apartamento na província de Hebel, no norte do país. Os três tentavam dissolver o corpo da 11ª vítima com ácido sulfúrico. No local, foram encontrados cartões de banco, dinheiro e joias

QUE FIM LEVARAM?

Foram julgados e condenados à morte. A execução ocorreu em setembro de 2005. As três comparsas foram condenadas a 20 anos de prisão cada uma

Continua após a publicidade

LEIA OUTRAS REPORTAGENS DA SEÇÃO RETRATO FALADO:

– Barry Byron Mills, “o Barão”

– Catherine Deshayes, a mãe dos venenos

– Os assassinos dos corações solitários

– Charles Sobhraj, o Assassino do Biquíni

– Harvey Glatman, o fotógrafo sádico

FONTES Livro Chinese Serial Killers: Yang Xinhai, Lam Kor-Wan, Shen Changyin and Shen Changping, Huang Yong, Shi Yuejun, Lam Kwok-Wai, vários autores, e sites Associated Press, Shanghai Daily News e Taipei Times

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.