Direitos que foram perdidos por heterossexuais recentemente
Esta semana, o ministro João Otávio Noronha do STJ afirmou que heterossexuais estão perdendo direitos. Conheça aqui os direitos que os héteros já perderam.
Está cada vez mais difícil ser heterossexual no Brasil – pelo menos foi o que disseram figuras do Legislativo e do Judiciário essa semana. Para o deputado Rodrigo Delmasso precisamos de uma Semana de Difusão da Cultura Heterossexual. Para o ministro João Otávio Noronha, do STJ, os héteros “estão virando minoria. Não têm mais direito nenhum“.
Inspirada por essas falas, a SUPER decidiu averiguar brevemente a situação dos direitos da população heterossexual. Listamos abaixo nosso diagnóstico.
1 – Direito ao voto: está mantido o direito ao voto para as pessoas que decidam pela heterossexualidade (segundo a percepção do deputado Delmasso de que a orientação sexual é escolha).
2- Acesso ao sistema universal de saúde: o sistema público de saúde, com todos os seus defeitos e suas dificuldades de infraestrutura, não nega atendimento à população heterossexual.
3 – Dirigir: o código de trânsito segue permitindo que a população heterossexual dirija automóveis, desde que mantenha as regras de manutenção e renovação da CNH.
4 – Direito de reunião e liberdade político-religiosa: aos homens que gostam de mulheres e às mulheres que gostam de homens ainda está permitido fazer protesto e ir na igreja.
5 – Casamento: um homem e uma mulher que sintam atração e desejo sexual um pelo outro ainda podem se casar, caso prefiram assim. Também está autorizado ter filhos ou adotá-los.
Mas não se preocupem. Encontramos, sim, um “direito” que está sendo, pouco a pouco, questionado. Mas ele não está sendo proibido por lei ou coibido por instituições governamentais de qualquer tipo. Ele só está se tornando progressivamente impopular. Especialmente para as vozes da internet, que descrevem o fenômeno de forma bem mais simples: “Não cola mais”.
1 – O direito ao FOI BRINKS
O direito ao FOI BRINKS pode parecer misterioso – e é, porque nunca foi de fato um direito. Só nos acostumamos por muitos anos à convenção de que pessoas públicas de todos os tipos podem justificar falas ofensivas (seja quanto à raça, gênero, orientação sexual) e até crimes com uma frase aparentemente mágica: “era só brincadeirinha”. A convenção era internacional, usada em todos os países que dividem as mesmas características de cara de pau. Mas já perdeu a graça.