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17 doenças raras e estranhas estudadas pela ciência (parte 2)

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Atualizado em 4 nov 2016, 18h50 - Publicado em 1 set 2015, 18h15

Para ler a primeira parte da matéria, entre aqui.

10. Síndrome da excitação permanente

Mulher

O mal afeta apenas mulheres (o americano Dale Decker é o primeiro caso masculino documentado) e causa uma excitação espontânea e persistente nos órgãos genitais, que nem sempre resulta em orgasmo. Detalhe: não tem nenhuma relação com sentimentos de desejo sexual.

O mal foi documentado pela primeira vez em 2001 pela médica americana Sandra Leiblum. Segundo a especialista Francisca Molero, em entrevista à BBC, entre 400 e 500 pessoas em todo o mundo têm a doença. Pouco se sabe sobre as causas da síndrome. Porém, os cientistas acreditam que ela é causada por uma irregularidade em nervos sensoriais ou por alterações psicológicas.

Não existe cura para o distúrbio, porém ele pode ser controlado com anestésicos locais, antidepressivos para controlar a ansiedade e tratamento hormonal anti-androgénico.

11. Síndrome de Riley-Day

Sentir dor significa que algum dano ou lesão está ocorrendo e isto permite que mecanismos de defesa ou fuga sejam adotados. Apesar de a dor ser necessária para a nossa existência, algumas pessoas não a sentem. Elas têm a síndrome de Riley-Day, uma doença hereditária que afeta o desenvolvimento dos neurônios sensoriais, simpáticos e parassimpáticos do sistema nervoso. Além da falta de sensibilidade à dor, os pacientes com o mal têm febre, pneumonia e desmaios frequentes.

A doença afeta de 1 a 9 pessoas a cada um milhão de nascimentos. No entanto, a síndrome é mais frequente em judeus oriundos da Europa Central e do Leste Europeu. Como o paciente sofre de vários problemas, ele precisa de um tratamento completo conta convulsões, cirurgias para consertar ossos quebrados e remédios para gripes e outros tipos de vírus.

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As pessoas com a Síndrome de Riley-Day vivem, em média, 30 anos.

12. Síndrome de Lobisomem

Este é outro ser que existe apenas nos filmes. No entanto, existem pessoas que podem adquirir características físicas parecidas com um lobisomem. Elas possuem hipertricose, uma doença popularmente chamada de Síndrome de Lobisomem, que cobre o rosto e outras partes do corpo de uma pessoa com pelos. 

O mal é tão raro que apenas 100 casos foram documentados em todo o mundo. Por isso, pouco se sabe sobre a doença. A única informação que os cientistas têm é que ela é uma mutação genética e hereditária. O tratamento que se mostrou mais eficaz, até agora, é a depilação a laser.

13. Coprolalia

Você se lembra da mulher que falava palavras obscenas involuntariamente no filme Gigolô por Acidente (1999)? Ela tinha a Síndrome de Tourette, um distúrbio neuropsiquiátrico caracterizado por tiques múltiplos, motores ou vocais. No entanto, ela também apresentava uma característica que apenas 10% dos pacientes com a síndrome têm: a Coprolalia.

Quem tem Coprolalia não consegue controlar a fala e pronuncia palavrões ou observações socialmente inapropriadas. O nome do distúrbio vem do grego Copros (fezes) e Lalia (falar).

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Os cientistas ainda não sabem a causa da doença, apenas que ela é hereditária. Além disso, não existe cura para Coprolalia, porém o paciente pode fazer um tratamento com Botox nas cordas vocais. Ele não impede que o paciente fale as obscenidades, mas que controle o volume do que que é vocalizado.

14. Síndrome de Charles Bonnet

Esta doença acomete apenas pessoas com cegueira parcial ou grave. Os pacientes com a Síndrome de Charles Bonnet têm alucinações visuais nítidas, coloridas e silenciosas. Geralmente, os distúrbios podem durar poucos minutos ou até horas.

Segundo o Instituto Real Nacional de Cegos, no Reino Unido, antes se pensava que o distúrbio desaparecia dentro de 12 a 18 meses após a primeira alucinação. Contudo, foi constatado que os pacientes com a doença ainda sentem os sintomas cinco anos após eles iniciarem.

A origem do nome da síndrome data de 250 atrás, quando o filósofo Charles Bonnet descreveu as alucinações sofridas pelo seu avô cego. Ainda não se sabe o que causa os sintomas da doença e não existe tratamento para síndrome.

15. Síndrome de Ekbom

Você já sonhou que milhares de insetos infestavam seu corpo? Algumas pessoas têm esta sensação com certa frequência. Elas são portadoras da Síndrome de Ekbom, também chamada de delírio parasitose. O indivíduo acredita que sua pele foi invadida vermes, pulgas, ácaros e outros bichos. As alucinações são, geralmente, táteis e visuais.

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delírio acomete idosos e mulheres com maior frequência. Ele está relacionado com transtornos psíquicos, alterações cerebrais e ao uso de drogas. Aliás, a síndrome já foi chamada de “inseto da cocaína”, pois os usuários desta droga sentem os sintomas da doença com frequência.

Ainda não existe um único tratamento para o distúrbio. Geralmente, os pacientes recebem medicações similares às das pessoas com esquizofrenia.

16. Síndrome de Jerusalém

Jerusalém

Esta é, provavelmente, uma das síndromes mais conhecidas desta galeria. Os principais sintomas são delírios e ideias obsessivas com temática religiosa. Mas detalhe: ela só acomete pessoas que visitam a cidade de Jerusalém. Apesar de atingir mais judeus e cristãos, a Síndrome de Jerusalém pode ser diagnosticada em indivíduos de qualquer religião.

Similar à Síndrome de Paris, a doença foi descrita pela primeira vez em 1930 pelo psiquiatra Heinz Herman. Ele notou que muitos turistas que visitavam Jerusalém agiam de uma forma estranha e delirante.

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A ciência ainda não sabe o que pode causar as alucinações. No entanto, para se curar da doença, a pessoa só precisa sair da cidada sagrada.

17. Delírio de Fregoli

Similar à Síndrome de Capgras, o Delírio de Fregoli é um transtorno de identificação. Isso significa que os pacientes identificam pessoas, objetos e lugares de maneira patologicamente errada.

No caso da síndrome de Fregoli, o indivíduo tem a ilusão de que diferentes pessoas são, na realidade, apenas uma pessoa que se disfarça para persegui-lo. Geralmente, o paciente diagnosticado com o distúrbio acredita que a perseguição está associada a assassinatos, sequestros ou, até, abdução por alienígenas.

O distúrbio tem este nome em homenagem ao ator italiano Leopoldo Fregoli, famoso por capaz de encenar vários personagens na mesma peça. A síndrome foi pela primeira vez relatada em 1927 por Paul Corbon e G. Fail. Existem quatro causas para a doença se manifestar em alguém.

A primeira é o traumatismo craniano. A segunda são lesões no lobo temporal e no giro fusiforme (região cerebral que armazena informações sobre reconhecimento visual). A terceira causa é o tratamento à base de Levodopa, um remédio utilizado para tratar o Mal de Parkinson e a distonia de dopamina. A última é a amplitude anormal da memória de trabalho no cérebro.

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O tratamento da doença é feito a partir de antipsicóticos, anticonvulsivantes e antidepressivos.

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