A aposentadoria do estetoscópio
Cientistas norte-americanos inventam aparelho que em breve tornará obsoleto o estetoscópio. Através de uma tela e de sensores, o médico pode ver o coração do paciente, aumentando o nível de acerto dos diagnósticos.
O tradicional estetoscópio, usado para examinar o coração, está ameaçado de e tornar em breve, peça de museu: cientistas da Universidade Yale, nos Estados Unidos, criaram um aparelho que permite ao médico ver as batidas cardíacas do paciente. Segundo eles, o novo DSP (do inglês, fonocardiógrafo espectral dinâmico) é capaz de realizar diagnósticos precoces de problema cardíacos que podem ser fatais, como estreitamento de artérias ou defeitos nas válvulas. Esses distúrbios geram ruídos característicos que o especialista, com muito treino de ouvido, percebe com o estetoscópio.
O DSP capta as batidas cardíacas com um microfone supersensível e quebra as ondas sonoras em freqüências diferentes, mostradas em uma tela. A imagem é imediatamente comparada à de um coração normal. O que o gráfico aponta como primeiro som é justamente a contração do músculo; o segundo som é a expansão. Qualquer ruído entre os dois é sinal de um defeito nas válvulas. A vantagem do aparelho recém-criado em relação ao estetoscópio é que, no exame convencional na tela a quantidade de ruído, porém, ele pode saber exatamente qual a sua gravidade.