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Bebidas:cachaças do mundo

Destilados ou fermentados, feitos de cereais ou frutas. Conheça os gorós, as manguaças e as marvadas que são ícones nacionais. (Aprecie com moderação.)

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 19h03 - Publicado em 31 jul 2006, 22h00

Texto Vivi Palladino

Uva

Brandy de Jerez (Espanha)

”Brandy” é qualquer bebida destilada a partir de frutas. Na Espanha, o mais famoso brandy é destilado a partir do vinho feito com uvas da região de Jerez de la Frontera, no sul do país.

Champanhe (França)

Todo champanhe nasce vinho comum. As bolhas aparecem na segunda fermentação, já dentro da garrafa, quando uma levedura especial faz o açúcar virar álcool e gás carbônico.

Grapa (Itália)

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Bebida mais rústica que o zagueirão Materazzi, elaborada com as sobras da fermentação do vinho. A receita vem da destilação de bagaço, sementes e cascas de uva.

Áraque (Líbano)

Criado pelos árabes (pioneiros no uso dos alambiques para destilação), o áraque é uma aguardente de uva com anis. Seu teor alcóolico é um dos mais altos: pode chegar a 80%.

Bagaceira (Portugal)

Aguardente destilada a partir do bagaço de uvas – daí seu nome. As melhores garrafas saem da região do Minho, no norte do país, onde também é feito o vinho verde.

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Outras bebidas

Pisco (Chile e Peru)

Ouzo (Grécia)

Agave e cana

Cachaça (Brasil)

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Durante a colonização portuguesa, a “cagaça” era a espuma retirada da fervura do caldo de cana, dada aos animais. Com o tempo, os escravos descobriram o líquido e o desenvolveram.

Tequila (México)

Produzida a partir do agave, planta da família do sisal, é uma versão refinada do mezcal – bebida famosa por ser engarrafada com uma larva.

Rum (Caribe)

Cada país caribenho faz seu rum. Na Jamaica, ele é forte e encorpado. Nos países de língua espanhola, como Cuba, o rum é mais leve. A maioria dos runs é feita do melaço de cana e curtida em barris de carvalho.

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Guaro (Costa Rica)

Bebida mais consumida na Costa Rica, é muito semelhante ao rum. Geralmente é servida com cerveja, tônica, suco de limão ou água gelada.

Ameixa

Slivovitz (Sérvia)

Destilado de ameixas azuis e envelhecido em barris de carvalho. Muito apreciado nos Bálcãs, onde até 70% da produção de ameixas vai para sua produção.

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Tuica (Romênia)

Produzido a partir de várias frutas, mais comumente feito com ameixas. Na tradição romena, nenhuma refeição deve ser iniciada sem uma dose de tuica.

Outras frutas

Kirchwasser (Alemanha)

A “água de cerejas pretas” é um tipo de schnapps, nome genérico dado às “cachaças” alemãs produzidas a partir de frutas. Apesar da forte tradição do steinhäger, o kirsch é a bebida do cotidiano dos alemães. Existem ainda schnapps de maçã, pêra, damasco, ameixa ou pêssego.

Urgawa (Quênia e Tanzânia)

Conhecida como “cerveja de banana”, é doce e de baixo teor alcoólico. Feita a partir do suco de bananas maduras, misturado com cereais. Fermentada de forma rudimentar, a urgawa é um ambiente excelente para a proliferação de bactérias.

Barack Pálinka (Hungria)

É um destilado de damascos. Em 2004, a Hungria foi um dos países que ganhou direitos exclusivos sobre o nome pálinka, para definir bebidas alcóolicas puras produzidas a partir do bagaço fermentado de frutas, com dupla destilação. Pode ser feita também a partir de ameixa, cereja, pêra e morango.

Raki (Turquia)

É uma variação do áraque. Além da uva, pode ser feito a partir de figos ou ameixas. Servida em dois copos, um com água e gelo até o topo e o outro com o destilado até a metade, deve ser tomado misturando aos poucos. Alguns dizem que o nome correto é iraqi (do Iraque), porque foi produzido pela primeira vez nesse país.

Arroz

Saquê (Japão)

Com registros de consumo desde o século 3, essa bebida fermentada está atrelada a tradições japonesas. Os samurais tomavam dois goles antes de se suicidarem no ritual do haraquiri. E os camicases davam suas bicadas ao partir para missões.

Vatávia Áraque (Indonésia)

Em Bali, tem o sugestivo apelido de Arak Attack! É um destilado forte, feito com arroz javanês misturado ao melado de cana-de-açúcar, originário da antiga colônia de Batávia (atual Jacarta).

Soju (coréia do sul)

É o segundo destilado mais consumido no mundo. A fórmula atual foi elaborada no século 13, quando era a bebida preferida dos nobres da dinastia Koryo. No Japão, tem o nome de shochu.

Huang Jiu (china)

Também conhecido como vinho amarelo, é um dos fermentados mais antigos da China e muito popular no sul do país. Tem baixo teor alcoólico e deve ser servido quente.

Outros cereais

Uísque (Escócia)

A origem do nome está no gaélico e significa “água da vida”. Os blended, mais vendidos, são misturados com grain whisky (feito de grãos). Os malt whiskies, melhores, levam apenas o malte de cevada.

Vodca (Rússia)

Destilado mais consumido no mundo, feito de trigo e, na Polônia, também de batata. Para os entendidos, vodca boa mesmo é destilada de centeio. O nome é o diminutivo russo de água.

Genebra (Holanda)

É o gim original. Nasceu no século 17 como uma bebida medicinal e segue com a mesma fórmula até hoje. A destilação é mais rápida e rústica que a do gim inglês, o que deixa o sabor dos cereais muito mais presente.

Gim (Inglaterra)

No gim inglês, o álcool é destilado duas vezes, ficando mais puro. Também são adicionadas especiarias, como casca de laranja, raiz de angélica e canela. O London Dry é o tipo mais famoso .

Aquavit (Escandinávia)

A “bebida dos vikings” era misturada a ervas psicotrópicas e dada aos guerreiros. A diferença para a vodca é o uso de ervas como o endro. Do latim, também significa “água da vida”.

Outras bebidas

Rye (Canadá)

Moutai (China)

Milho

Chicha (Peru)

Espécie de cerveja dos incas, servia como moeda de troca entre os povoados dos Andes. No Peru, existem ruínas de fábricas de chicha com mais de 1000 anos de idade.

Bourbon Uísque (EUA)

Sua paternidade é disputada por dois estados: Kentucky, onde foi feito o primeiro bourbon, e Tennessee, sede do Jack Daniel’s.

Fontes consultadas: Ennio Federico (consultor de bebidas), Sady Homrich (consultor cervejeiro e baterista da banda Nenhum de Nós), José Oswaldo Borges Cruz (enófilo), John Wolthers (Dinamarca), Anthony Dias Blue (autor de The Complete Book of Spirits).

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