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Cientistas descobrem como os tumores se formam

Para construir os nódulos, as células cancerígenas atacam e capturam outras estruturas.

Por Felipe Germano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 19h04 - Publicado em 27 jan 2016, 19h00

Células cancerígenas têm um papel muito mais ativo na formação de tumores do que se imaginava. Cientistas da Universidade de Iowa descobriram que, ao contrário do que se pensava, as cancerígenas não ficam simplesmente grudando umas nas outras. Na verdade, elas capturam outras células – sejam elas saudáveis ou não – para construir os conglomerados que se tornam tumores.

Para realizar o estudo, os pesquisadores monitoraram células de um câncer de mama em uma gravação em tempo real e 3D. É a primeira vez que se tem um registro tão detalhado da formação de tumores. As imagens acabaram mostrando que as células cancerígenas vão para cima de suas vizinhas, as engolindo, até mesmo possibilitando ver uma espécie de tentáculo se formando, para capturar seu alvo.

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Não são todas as células com a doença que formam os tumores. A pesquisa apontou que 5% das cancerígenas são responsáveis pela construção das massas. “Essas células saem e recrutam outras ativamente. É algo complicado, não é passivo. Ninguém tinha ideia de que haviam células especializadas nesse processo, e esse pequeno número puxa todo o resto”, afirma David Soll, biólogo da Universidade de Iowa e responsável pelo estudo. Você pode ver um trecho do vídeo captado pela pesquisa abaixo:

 

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Não se sabe exatamente como essas células aprenderam a se comportar dessa forma, mas Soll tem uma teoria. Para o pesquisador, a atitude vista nas filmagens pode indicar que as células cancerígenas, em sua origem, foram programadas para formar embriões. Seguindo essa linha de pensamento, as unidades com câncer constroem todas estruturas necessárias para o tumor sobreviver, e protegem os aglomerados, como se fossem um tipo de embrião.

Com as descobertas, os pesquisadores afirmam que novos caminhos podem ser abertos para uma identificação mais precisa das células que efetivamente podem formar tumores.  Consequentemente, isso dá espaço testar quais tipo de anticorpos conseguem combater essa parte do câncer. Dentro da universidade, Soll possui um dos maiores acervos de anticorpos do planeta – que pode começar a ser usado em testes.

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