Desconto de até 39% OFF na assinatura digital
Continua após publicidade

Cientistas descobrem elemento que destrói o Alzheimer em ratos

O composto químico é o EPPS, bem parecido com a taurina, usada nas bebidas energéticas. Os animais apresentaram melhor desempenho nos testes de labirinto e de comportamento.

Por Camila Almeida
Atualizado em 8 mar 2024, 15h31 - Publicado em 15 dez 2015, 16h15

A gente já sabe que algumas substâncias, como o café e a maconha, podem ser eficazes na prevenção do Alzheimer. Algumas práticas também ajudam a prevenir o mal, como dormir bem, por exemplo, ou até ter atitudes positivas, como não ter medo de envelhecer. Todas essas descobertas ajudam a entender um pouco melhor como funciona o nosso cérebro e ajudam a preservá-lo. Mas, até agora, os pesquisadores não descobriram como fazer para reverter as doenças que o degradam. 

E aí está a importância de um estudo recente. Pesquisadores do Instituto Coreano de Ciência e Tecnologia, da Coreia do Sul, encontraram um elemento que pode reverter o Alzheimer. Os experimentos foram bem-sucedidos em ratos. 

O composto químico é o EPPS, bem parecido com a taurina, aminoácido usado nas bebidas energéticas. Quando ele foi adicionado à água de ratos que apresentavam sintomas de Alzheimer, os animais apresentaram melhor desempenho nos testes de labirinto e de comportamento, em relação aos que estavam doentes e não tomaram a substância, no grupo de controle.

Mas como funciona?

Uma das hipóteses para a deterioração mental está relacionada aos beta-amilóides, proteínas que grudam na parede do cérebro, dificultando a comunicação nervosa. O que os pesquisadores verificaram é que estas placas podem ser destruídas mesmo depois de formadas. 

Continua após a publicidade

Quando eles avaliaram como o cérebro dos ratos tinha se comportado sob influência do EPPS, viram que essas placas de proteína tinham diminuído consideravelmente e, sob doses elevadas, elas até mesmo sumiram. Num nível molecular, a substância se liga aos beta-amilóides e os desagrega, convertendo-os em moléculas mais simples.

E nos humanos, como fica?

Nos humanos, a doença atua de forma bem mais complexa do que nos ratos de laboratório, que tem as proteínas “colantes” injetadas pelos pesquisadores. Em nós, os beta-amilóides podem vão se aglutinando durante longos períodos de tempo e, por isso, têm uma degeneração mais incrustada e difícil de reverter. Apesar dessa diferença considerável, o composto é uma boa pista e novas pesquisas devem fornecer mais respostas sobre sua atuação nestas placas que se acumulam no cérebro. 

“Eu não acredito que o EPPS ou outras drogas de compensação dos amilóides farão pacientes de Alzheimer recuperarem seus cérebros danificados”, disse o líder da pesquisa YoungSoo Kim ao jornal britânico The Guardian. “No entanto, acredito fortemente que essas drogas podem frear a neurodegeneração e salvar da morte.” Ainda não se sabe como o composto atua no organismo humano nem se trará os mesmos benefícios cognitivos. O estudo foi publicado na revista Nature.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 6,00/mês

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 14,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.