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Como é escolhida a sede da Olimpíada?

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h13 - Publicado em 31 Maio 2005, 22h00

Ivy Farias, de Nova York, e Renate Krieger, de Paris

No dia 6 de julho, o Comitê Olímpico Internacional (COI) vai escolher a cidade -sede dos Jogos Olímpicos de 2012. A corrida começou há 2 anos, com 9 competidores. Rio de Janeiro, Leipzig (Alemanha), Havana (Cuba) e Istambul (Turquia) foram deixados para trás no fim da primeira etapa. Ficaram no páreo Londres, Madri, Moscou, Nova York e Paris.

É a primeira vez que o COI faz a seleção em 2 fases. Na primeira, foram analisados 11 critérios e as cidades receberam notas de 1 a 10 para cada item. Com base nesse resultado, o COI decidiu quais poderiam continuar na disputa.

A segunda etapa avalia 17 critérios e inclui uma visita da Comissão Avaliadora às cidades candidatas. O resultado é um relatório (divulgado em 6 de junho) que não dá notas, mas aponta trunfos e fraquezas de cada projeto, a fim de ajudar os membros do Comitê Olímpico na hora da escolha.

A eleição deste ano acontece em Cingapura e, dos 115 membros do COI, só não votam os representantes de países concorrentes. Diversos turnos se sucedem até que uma das cidades tenha a maioria absoluta dos votos. A cada turno, a cidade com menos votos é excluída da votação.

A SUPER está acompanhando a corrida e mostra ao lado quais são os pontos fortes e fracos de cada uma das 5 candidatas.

1. Legado

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Avalia o impacto na cidade depois dos Jogos e como valores olímpicos serão promovidos. Paris e Londres ficam na frente porque têm boas políticas de inclusão social e desenvolvimento sustentável.

2. Apoio político

Avalia o envolvimento dos governos municipal, estadual e nacional no planejamento e financiamento dos Jogos. Londres pretende criar um órgão com poderes ministeriais para a Olimpíada.

3. Legislação

Avalia se as candidatas respeitam todas as regras do Movimento Olímpico e as propostas de leis para garantir os Jogos. Moscou ganha pontos porque não precisaria criar nenhuma nova lei.

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4. Fronteira

Todas as cidades se comprometeram com facilidades aduaneiras. Nova York perde pontos pelas complicações com a aprovação de vistos, o que pode dificultar a ida de jornalistas ou de alguns visitantes.

5. Meio ambiente

O projeto de Paris é bastante cuidadoso com impactos ambientais. Madri fica atrás porque incluiu no projeto a compra de direitos de emissão de poluentes e o COI determina emissão neutra de gás carbônico.

6. Finanças

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O orçamento das 5 cidades é de, em média, 5 bilhões de dólares e o COI doa 600 milhões para a sede. O projeto de Nova York conta com muito capital privado (o que pode ser visto como falta de apoio do governo).

7. Marketing

Avalia as ações que podem ajudar a promover uma imagem positiva dos Jogos junto aos visitantes. Nova York tem vantagem porque garantiu 87% dos ingressos com preço menor que 100 dólares.

8. Locais de provas

Avalia as propostas de uso durante e depois dos Jogos. O ideal é usar o menor número de locais e evitar a construção de “elefantes brancos”. Nova York é a única que não tem estádio olímpico.

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9. Para-olímpíadas

As cidades adaptam a estrutura usada nos Jogos e os planos são avaliados com rigor. A Vila Paraolímpica de Paris tem a maior capacidade (abrigaria 9 500 pessoas).

10. Vila Olímpica

Deve ter capacidade para cerca de 17 mil atletas. O COI avalia a distância até os locais de competição, o uso depois dos Jogos e o ambiente ao redor. Todos os projetos preenchem os requisitos.

11. Saúde

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O atendimento médico durante os Jogos não deve atrapalhar as operações normais da cidade. Nova York fica atrás porque o atendimento não seria gratuito .

12. Segurança

Considera desde a possibilidade de ataques terroristas até índices de crimes urbanos. Paris foi bem avaliada na primeira fase. Nova York e Madri perdem pontos por causa dos ataques terroristas.

13. Acomodações

O COI exige pelo menos 40 mil quartos 3, 4 ou 5 estrelas. Madri garantiu preços reduzidos e Moscou é a única que ainda precisaria construir quartos (pelo menos mais 20 mil).

14. Transporte

A sede recebe em média 25 mil pessoas, o que sobrecarrega a estrutura de transportes. Todas as cidades têm bons planos de expansão de estradas, aeroportos e redes urbanas.

15. Tecnologia

A infra-estrutura de telecomunicações deve estar atualizada com as inovações tecnológicas. O projeto de Moscou é o único que não é muito claro neste critério.

16. Mídia

A cidade deve garantir a construção de um centro de imprensa bem equipado, além de um plano para o uso depois dos Jogos. Todas as cidades apresentaram bons projetos.

17. Cultura

O COI quer garantir planos de educação e cultura que expressem a verdadeira natureza dos Jogos. Todas as cidades apresentaram projetos e idéias criativos neste quesito.

Ranking final

As 5 cidades têm chances reais de sediar os Jogos, mas Paris é apontada como favorita pelas vantagens em quesitos importantes como segurança e legado.

Fontes: comitês de candidatura de Londres, Madri, Moscou, Nova York e Paris; Comitê Olímpico Internacional; Essar Gabriel, Diretor de operações da candidatura de Paris, Ed Hula https://www.aroundtherings.com

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