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É possível morrer de um resfriado comum?

Seus sintomas parecem inofensivos, mas sim: o resfriado é capaz de matar. Especialmente as pessoas mais vulneráveis que pertencem ao grupo de risco.

Por A.J. Oliveira
2 jan 2020, 19h48

Você certamente já teve que faltar na aula ou no trabalho ao pegar um forte resfriado. Tosse, espirros, nariz escorrendo, cansaço extremo, talvez uma febre: todo mundo conhece muito bem esses sintomas desagradáveis. Mas o que nem todos sabem é que o “bom” e velho resfriado pode evoluir para um quadro mais grave. E, em alguns casos, até mesmo levar a pessoa infectada à morte.

Este é o tema de um artigo recente que o doutor Peter Barlow, professor de imunologia e infecção da Universidade Napier de Edimburgo, Escócia, publicou no site The Conversation. Barlow argumenta que a maioria das pessoas tem consciência de que a gripe pode matar. Em 1918, a Gripe Espanhola matou 50 milhões de pessoas — fez mais vítimas que a Primeira Guerra Mundial. Mas o lado letal do resfriado comum é bem menos conhecido pela população.

Gripe x resfriado

Apesar de apresentarem sintomas bastante parecidos, gripe e resfriado são infecções bem diferentes. Cerca de metade dos resfriados são causados pelo rinovírus, que possui mais de 100 sorotipos diferentes (o vírus da dengue, em comparação, possui quatro). O problema é que, como os sintomas são um bocado genéricos, outros vírus também podem causar um ou alguns deles, como adenovírus, influenza, vírus sincicial respiratório e parainfluenza.

Obviamente, a maioria esmagadora dos casos de resfriado não se agravam e acabam curados sozinhos, sem tratamento, após alguns dias. Mas pessoas que possuem, por algum motivo, o sistema imunológico debilitado, podem sofrer péssimas complicações. Estudos mostraram que pacientes que passaram por transplante de medula óssea, por exemplo, têm mais chances de desenvolver infecções respiratórias graves.

Outros patógenos, como o adenovírus, podem comprometer outras partes do corpo, como o trato gastrointestinal, o trato urinário e o fígado. O risco maior, no entanto, é que a infecção viral abra caminho para uma bacteriana — e nisso os influenzavírus são especialistas. Cientistas ainda estão investigando o processo, mas já se sabe que o pulmão fica mais suscetível a desenvolver doenças como a pneumonia após ser contaminado por um vírus.

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Dentre os pacientes enquadrados no grupo de risco, há os idosos e também as crianças, além de fumantes e pessoas que já possuem alguma doença no pulmão, como asma, fibrose cística ou doença pulmonar obstrutiva crónica.

Contra infecções bacterianas, existem os antibióticos, assim como vacinas eficazes para conter o vírus da gripe. Mas muitas das espécies de rinovírus ainda não contam com um tratamento antiviral adequado.

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No geral, não dá para prever como (e se) o resfriado causado por um vírus pode evoluir para um problema mais grave, fruto da infecção de uma bactéria. Só o que se pode fazer é ficar atento às condições e fatores que possam levantar algum alerta. E, principalmente, lavar sempre as mãos — é o melhor jeito de evitar a contaminação e disseminação de doenças infecciosas. Além, é claro, de manter a carteira de vacinação sempre em dia.

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