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FDA debate a segurança dos implantes de mama. Entenda por quê.

Agência reguladora americana avalia riscos reais que o silicone oferece à saúde das mulheres.

Por Luiza Monteiro
Atualizado em 25 mar 2019, 18h23 - Publicado em 25 mar 2019, 18h08

O implante de silicone é o procedimento mais realizado por cirurgiões plásticos mundo afora. Segundo a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), foram feitas, em 2017, nada menos do que 1.677.320 cirurgias ao redor do globo, o que representa 15,6% do total de procedimentos cirúrgicos daquele ano. É a cirurgia mais comum nos EUA e no Brasil, os dois países onde mais se entra na faca.

Justamente por isso, discute-se cada vez mais os efeitos a longo prazo do silicone. Inclusive, é o que estão fazendo especialistas da FDA (Food & Drug Administration, a Anvisa dos EUA) neste momento. Entre segunda (25) e terça (26), um painel de médicos, pesquisadores, fabricantes e pacientes vai debater e revisar o que a literatura científica diz sobre a segurança dos implantes.

O encontro foi agendado após uma sucessão de casos que apontam para a necessidade de olhar mais de perto os efeitos que essas estruturas podem ter no corpo das mulheres.

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No último dia 19 de março, a FDA emitiu cartas de advertência a duas empresas que fabricam próteses de silicone: as americanas Mentor, uma das maiores do mundo no setor, e Sientra. De acordo com a agência, ambas falharam em conduzir estudos de longo prazo para analisar a segurança e os riscos de seus implantes. Essa era uma das exigências da agência antes de aprovar a comercialização dos produtos.

Entre os tópicos que os experts americanos discutem estão pesquisas recentes que associam um tipo raro de câncer do sistema imunológico ao silicone, especialmente o implante do tipo texturizado (há duas versões: superfície lisa ou com textura). Pacientes com essas próteses teriam maior probabilidade de desenvolver o chamado “linfoma anaplásico de grandes células associado a implante de mama” (BIA-ACLCL, na sigla em inglês), um tumor maligno que costuma dar as caras no tecido mamário próximo à cápsula siliconada.

Segundo a FDA, é “impossível” determinar a incidência desse tipo de câncer nos EUA porque não há um registro oficial do número de implantes no país. As estimativas variam: talvez a doença atinja uma a cada 3 mil mulheres, talvez uma a cada 30 mil.

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Outra questão que tem chamado a atenção das autoridades de saúde é a queixa frequente de pacientes que associam a presença da prótese no corpo a uma piora no sistema imunológico, além de sintomas como fadiga crônica, dor muscular e perda de memória. É a chamada doença do implante de mama (BII, em inglês), mas ainda não há provas de que uma coisa realmente leve à outra.

“Embora a FDA não tenha evidências definitivas de que as próteses mamárias estejam ligadas a essas condições, estamos buscando entender melhor essa questão para alertar sobre os riscos, minimizar os danos e ajudar no tratamento das pacientes afetadas”, disseram especialistas da agência em comunicado divulgado no último dia 15.

Até que as conclusões do painel desta semana sejam apresentadas, o posicionamento da FDA segue o mesmo: próteses de silicone são seguras, sim. O importante é seguir as recomendações médicas de exames e acompanhamento e, no caso de quem está pensando em turbinar os seios, buscar informações (confiáveis) sobre possíveis efeitos colaterais de longo prazo.

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