PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana

Fecha a porta, meu amor

Vem aí o anticoncepcional masculino. Mas ele não é como você pensa

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h32 - Publicado em 30 set 2008, 22h00

Texto Rafael Tonon

As mulheres têm várias opções de método anticoncepcional, mas para os homens a única saída (tirando a camisinha, que não é 100% segura) é fazer uma vasectomia – que nem sempre pode ser revertida. A tão sonhada “pílula do homem”, que a medicina persegue há décadas, ainda vai demorar (leia texto ao lado). Mas estão surgindo tecnologias que prometem revolucionar o controle de natalidade. O ultra-som, por exemplo: o que hoje em dia serve para filmar os bebês no útero poderá, no futuro, evitar que eles apareçam. A idéia é aplicar ultra-som sobre os testículos, o que causa um leve aquecimento neles e gera um efeito anticoncepcional que supostamente dura 6 meses. O procedimento é indolor e dura cerca de 10 minutos. Cientistas americanos estão testando o sistema em ratos e vão divulgar os resultados em janeiro.

Outra proposta, ainda mais surpreendente, é o controle remoto que evita filhos. Isso mesmo. Uma pecinha de silicone seria implantada no canal deferente (duto por onde passam os espermatozóides, entre os testículos e o pênis). Antes de fazer sexo, bastaria acionar um controle remoto. Ele envia sinais de radiofreqüência para um chip, dentro da peça de silicone, que começa a vibrar. Isso altera o formato da pecinha de silicone, obstruindo a passagem dos espermatozóides. Para voltar a ser fértil, é só desligar o chip via controle remoto. A tecnologia, que foi criada na Austrália e vai ser testada em animais, usa uma fre-qüência especial para evitar que outras fontes de sinal (transmissões de TV, rádio, microondas etc.) causem interferência – e o controle, literalmente, dê pau.

E a pílula, cadê?

As empresas farmacêuticas investiram nela, e há estudos em estágio avançado. Mas, até agora, a “pílula do homem” não chegou ao mercado – acredita-se que, na melhor das hipóteses, vá levar mais 8 anos para se tornar realidade. Por quê? Por um motivo simples: ela não é muito confiável. Enquanto o contraceptivo feminino tem eficácia de 98,8%, o masculino fica abaixo de 90%. Além disso, os especialistas acham que existe uma barreira cultural. “Os homens são muito machistas. Se eles ainda têm uma resistência enorme em ir ao urologista, imagine assumir que tomam pílula anticoncepcional? É uma postura muito difícil de ser mudada”, afirma Sandro Esteves, da Sociedade Brasileira de Urologia.

Publicidade


Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.