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Gripe aviária: humanos podem contrair a doença?

O Rio Grande do Sul confirmou dois focos do vírus H5N1, com um possível caso em humanos. Mas pode ficar tranquilo: não precisa parar de comer frango e ovo.

Por Eduardo Lima
21 Maio 2025, 14h00

Um foco do vírus H5N1 foi registrado entre galinhas de granja na cidade de Montenegro, no Rio Grande do Sul. Dos 17 mil animais divididos entre dois galpões, 15.650 morreram.

É o primeiro registro de gripe aviária na produção comercial brasileira. Antes disso, só animais silvestres ou aves de produção doméstica tinham registrado o vírus, que foi identificado pela primeira vez em 1996, na China. Outro foco foi confirmado no Zoológico de Sapucaia do Sul (RS).

Desde a confirmação dos casos de gripe aviária, 16 países e a União Europeia (que conta com 27 nações) já suspenderam a importação de frango brasileiro. Há uma operação complexa acontecendo para impedir que o vírus se espalhe: toneladas de ovos da granja encontrados no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais e no Paraná foram destruídas. Além disso, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) investiga sete casos de suspeita de gripe aviária em cinco estados diferentes.

O plano do governo é acabar com o foco do vírus em 28 dias. O prejuízo deve ser grande, já que, em caso de crise sanitária, vários países se recusam a comprar do território inteiro, e não só do Rio Grande do Sul.

Um trabalhador da granja de Montenegro foi isolado depois de apresentar sintomas de gripe. Ele está em casa, monitorado pela Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul. O vírus H5N1, que causa a gripe aviária, é um zoonótico. Isso significa que ele pode afetar tanto animais quanto seres humanos. Mas como funciona esse contágio?

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Pouco infecciosa, muito fatal

Pode ficar tranquilo: não há risco em comer frango ou ovo. O contágio acontece pelo contato próximo com aves infectadas pelo H5N1, como no caso do funcionário da granja. A gripe é uma doença respiratória, e só é transmitida pelo contato com secreções das aves. Geralmente, os humanos infectados com influenza aviária são profissionais da avicultura.

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O cancelamento das exportações de carne acontece mais por precaução do que por medo de infecção pela comida. O perigo, mesmo, é transportar a carcaça de um frango infectado, que aí pode acabar contaminando instalações comerciais dos países importadores. Os consumidores não correm perigo, mas a avicultura local fica ameaçada pela chegada do vírus ao país.

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A gripe aviária se dissemina com as aves migratórias, que espalham o H5N1 com seu cocô. O vírus tem um risco de transmissão para humanos muito baixo, mas não inexistente. Por enquanto, o H5N1 ainda não foi transmitido de uma pessoa para outra em nenhum lugar do mundo. Se ele sofrer mutações e começar a se transmitir entre nós, vacinas de gripe preexistentes e remédios antivirais podem ser rapidamente adaptados para ajudar no tratamento.

O vírus H5N1 causa uma gripe forte nos seres humanos. A doença é responsável por casos de infecção respiratória e pode matar. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), desde 2003 até abril de 2025 foram 973 casos em humanos, com 470 mortes registradas. Isso faz da gripe aviária uma doença altamente fatal para seres humanos, com taxa de letalidade de 48%.

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