Ainda vai levar algum tempo até que ela possa ser usada pelos homens, mas em ratos machos o sucesso dos testes é indiscutível. Os bichos receberam um gene que é responsável pela produção de uma proteína conhecida pela sigla P2X1 e, com isso, perderam a fertilidade. Apesar de eles terem continuado a copular normalmente, quase nenhum acasalamento resultou em fecundação. “Esse resultado indica claramente que a P2X1 pode ser a base de uma pílula para o homem”, explicou à SUPER o médico inglês Richard Evans, da Universidade de Leicester, um dos autores da pesquisa. Ele diz que a P2X1 tem um papel ainda pouco conhecido sobre o movimento dos espermatozóides. Ela pode reduzir ou aumentar o número daqueles que chegam ao organismo feminino. Basta alterar ligeiramente a sua composição química. Nas experiências realizadas agora, a molécula foi modificada para diminuir a quantidade de esperma. Mas já se sabe quais são as mudanças capazes de inverter a situação e aumentar a fertilidade masculina.
Vasectomia química
Droga em estudo impede o fluxo de espermatozóides.
1. São as contrações do canal deferente que empurram os espermatozóides das gônadas para a próstata, onde eles irão se juntar ao esperma.
2. Uma modificação na proteína P2X1, presente nas células do canal, pode impedir as contrações, evitando a passagem dos espermatozóides.