Uma equipe do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, em Bethesda, Maryland, levantou novas pistas sobre como alguns portadores do vírus HIV sobrevivem a mais de uma década sem desenvolver a Aids. Eles compararam quinze desses sobreviventes com outros dezoito que desenvolveram a doença em menos de dez anos (veja o gráfico ao lado), como acontece com mais de 90% dos que são soropositivos. Nos sobreviventes, os anticorpos conseguem reduzir o ritmo da multiplicação dos vírus em até vinte vezes. E, em alguns deles, o sistema de defesa até se fortalece. A explicação: apesar da infecção, seus nódulos linfáticos – centros de proliferação de célula de defesa, espalhadas pelo corpo – não se deterioram, como na maioria dos pacientes. Nestes, os nódulos estão cheios de HIV, contaminando as milhões de células CD4 (glóbulos brancos) armazenadas ali e matando-as antes que elas sejam distribuídas pelo corpo.