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O hospital em casa

As tecnologias que informam os médicos, fazem testes e cuidam da sua saúde sem que você precise sair de casa.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h31 - Publicado em 30 jun 2006, 22h00

Lia Luz

No banheiro, o vaso sanitário mede o nível de glicose na urina. Outro dispositivo faz a medição no sangue, por meio de uma picada na ponta do dedo. Os dados são repassados automaticamente à equipe médica e, durante o banho, chega uma mensagem ao celular informando a dose de insulina que esse paciente de diabete precisa. É um cenário muito próximo da realidade (falta só interligar o vaso sanitário ao sistema). Duas tecnologias, uma da IBM e outra da Philips, estão transformando casas em hospitais. Aparelhos domésticos sem fio unidos a celulares, computadores e televisões permitem aos pacientes monitorar sinais vitais e receber orientações médicas no conforto de seus lares. São novas aplicações da telemedicina, união de tecnologias da informação com a saúde, até então utilizada principalmente para que médicos enviassem dados e imagens a especialistas. Agora, ela pode atingir qualquer pessoa disposta a comprar e instalar aparelhos de diagnóstico em casa – especialmente cômodo para quem requer acompanhamento constante, como portadores de diabete ou de problemas cardíacos. “O paciente poderia ter uma caixa com uma agulha na cintura, que dosaria a insulina necessária e enviaria os dados na hora ao médico”, diz Fábio Gandour, gerente de novas tecnologias da IBM Brasil. Não quer dizer que você nunca mais precise ir ao hospital. Assim como aconteceu nos bancos, grande parte do trabalho poderá ser feito via internet, mas vários procedimentos requerem uma viagem. “A máquina não vê o olhar do paciente. A medicina é ciência e arte. Muito vai do feeling do médico”, diz o internista Renato Seligman, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

Doutor em domicílio

Três maneirasde ir ao hospital semsair de casa
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Pelo celular

O Personal Care, da IBM, faz o seu celular conversar com qualquer máquina que possa dar uma informação sobre a sua saúde: balanças, podômetros (aparelho que conta os seus passos e diz o quanto você caminhou em um dia), bombas de inalação, e medidores de pressão, batimentos cardíacos ou glicose. Tudo sem fio, pelo padrão bluetooth. O telefone então envia esses dados automaticamente aos médicos, que fazem as orientações. Quando o celular tocar, é o final da consulta.

Pela televisão

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O Motiva, da Philips, é como um serviço de TV a cabo em que a programação principal são dados específicos sobre a saúde de cada telespectador. Uma caixa ao lado da televisão se comunica (também via bluetooth) com aparelhos de diagnóstico espalhados pela casa e envia os dados ao hospital. Como resposta, o paciente recebe orientações pessoais do médico e o que mais ele achar útil – de mensagens de motivação até vídeos educacionais. Daí, nos intervalos de um programa, você visita o médico.

Pelo correio

Faça uma ligação e deixe de se preocupar com vários males, incluindo doenças cardíacas e câncer. O Biophysical 250, disponível só nos EUA, envia médicos a domicílio para extrair amostras de sangue, que será testado quanto à presença de 250 biomarcadores, substâncias que podem indicar doenças. Depois de 3 semanas, os resultados chegam por correio. A vantagem: pesquisar vários biomarcadores ao mesmo tempo aumenta a precisão. A desvantagem: custa a bagatela de 3 400 dólares.

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