Dois anos depois da descoberta de um coquetel de drogas sensacional, capaz de destruir 99% dos vírus HIV no organismo de um paciente, os especialistas anunciam que o otimismo era exagerado. O bicho é mais forte do que parecia, dizem médicos, microbiologistas e epidemiologistas reunidos em junho, em Genebra, Suíça, para a 12a Conferência Mundial sobre a Aids. O fato é que os novos remédios só conseguem esmagar o HIV em alguns casos. Em mais da metade dos testes feitos até agora, o agente do mal resiste ao ataque e retoma a ofensiva. Esses resultados foram divulgados pelo virologista David Ho, do Centro de Pesquisas Aaron Diamond, de Nova York, que criou o coquetel de drogas, em 1996.