Distinguir um bebê de outro não é fácil, ninguém duvida. Numa maternidade, então, é quase impossível. São centenas de recém-nascidos que as enfermeiras têm de reconhecer, e, se errarem, provavelmente nem a mãe saberá dizer. “Você tem certeza que seus irmãos são mesmo irmãos?”, brinca o médico Luciano Barsanti, presidente da comissão de ética do Hospital Modelo de São Paulo. Ele procura dramatizar o problema ao apresentar a nova solução encontrada por ele, 100% segura, em sua opinão. A idéia é usar o chamado DNA Scanner, já empregado em investigações criminais: basta colher uma gota de sangue, na hora do parto, do cordão umbilical do bebê e do dedo da mãe.
Com isso, se faz uma análise dos genes (formados por moléculas de DNA), que é devidamente armazenada. Se houver dúvida, mais tarde, basta comparar as amostras de DNA para saber se são de mãe e filho.
Maternidades de São Paulo, Bahia e Paraná já adotaram a novidade, também sendo implantada em países da América do Sul, no México, Itália e Colômbia. Isso deve acabar com métodos menos seguros, como pulseiras no pulso dos recém-nascidos ou carimbos no pé.