Não há nenhum motivo especial. No concurso de 1953, que definiu o amarelo atual, só se tratou do uniforme número 1. Desde os anos 30, a camisa azul foi naturalmente adotada como a número 2 do Brasil, nas raras ocasiões em que se fazia necessária (na época, ninguém se importava muito em jogar com camisas parecidas).
No Torneio Sul-Americano de 1937, a Seleção chegou a usá-la. Na Copa do Mundo de 1938, na França, o Brasil enfrentou a Polônia em Estrasburgo usando uniforme azul-claro (a Polônia jogou de branco). Aparentemente foi um improviso: aquelas deviam ser as camisas de treino da Seleção nas fotos se vê que o escudo da antiga CBD não aparece bordado nelas.
Outra improvisação aconteceu na final da Copa de 1958. O sorteio para a decisão apontou que a Suécia jogaria de amarelo. Foi preciso comprar às pressas um jogo de camisas numa loja de Estocolmo ninguém havia previsto a necessidade de um segundo uniforme. A cor escolhida foi a azul e o chefe da delegação, Paulo Machado de Carvalho, animou os jogadores mais supersticiosos dizendo que aquela era a cor do manto de Nossa Senhora Aparecida. Os escudos foram arrancados das camisas amarelas e bordados nas azuis. E foi com elas que a Seleção Brasileira conquistou o seu primeiro título mundial. E a camisa azul ficou.