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Por que você não deveria usar papel alumínio para cozinhar

O papel alumínio é muito prático, mas pode fazer mal a saúde e até aumentar o risco de Alzheimer.

Por Ana Carolina Leonardi
Atualizado em 31 out 2016, 19h06 - Publicado em 24 Maio 2016, 19h00

O papel alumínio costuma ser peça-chave na cozinha: ele é usado para forrar formas e evitar sujeira e também para uniformizar o cozimento de assados, além de manter alimentos quentes por mais tempo. Mas a praticidade do material não compensa. Combinar papel alumínio e calor representa diversos riscos para a saúde e já foi até relacionado ao Alzheimer.

Embalar alimentos frios para colocar na geladeira geralmente não tem problema. Mas no momento que o papel alumínio vai para o forno, a coisa começa a complicar. O calor leva partículas do alumínio a passar para a comida, o que pode ser bastante perigoso.

Excesso de alumínio no corpo afeta e enfraquece as células dos ossos, dificultando a absorção de cálcio, que fica se acumulando no sangue e atrapalha o funcionamento da paratireoide. Um baita efeito dominó. O alumínio também se deposita no cérebro e cientistas encontraram grandes quantidades do metal em autópsias de pacientes com Alzheimer, o que sugere uma relação entre o alumínio e a doença.

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O corpo consegue processar pequenas quantidades de alumínio sem absorvê-lo – até porque, consumimos esse metal em quase tudo, de queijo e chá a medicamentos antiácidos e desodorantes. O sulfato de alumínio é um dos químicos purificadores usados para tornar a água potável. Tudo isso pode ser consumido sem problemas. A OMS considera que é seguro ingerir, por semana, 1 mg por quilo de peso do indivíduo. Ou seja, uma pessoa que pesa 60 kg poderia ingerir 60 mg ao longo de sete dias.

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O problema é que o alumínio na cozinha pode estar levando as pessoas a estourarem esse limite. Um dos estudos mais conhecidos sobre o tema, publicado no International Journal of Electrochemical Science, analisou quanto alumínio era transferido para a comida no preparo de carne moída no forno. Eles notaram que o uso de condimentos apimentados ou ácidos duplicam a dissolução do alumínio. Uma porção individual de carne com molho de tomate e vinagre, por exemplo, resultou na absorção de 465 mg da substância – dose quase 8 vezes maior que a recomendada para alguém de 60 kg em uma semana.

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O impacto da acidez é tanto que o ideal é não embalar tomates ou cítricos em alumínio, mesmo que estejam frios. Outro fator importante é o tempo de cozimento: a liberação de alumínio cresce exponencialmente quanto mais longa a estadia no forno. Isso é especialmente preocupante porque, geralmente, o uso de papel alumínio é indicado em receitas que levam bastante tempo para assar, porque ele impede que a parte externa do alimento fique cozida mais rápido que o interior.

Além do papel, também costumamos usar panelas de alumínio na cozinha. A preocupação com elas é bem menor porque, na maioria dos casos, ela vem protegida por uma camada oxidada que limita a dissolução do alumínio na comida. Conforme esfregamos a panela, porém, essa proteção se desfaz. A recomendação, nesse caso, é ferver água várias vezes na panela até que o fundo fique fosco. Ela pode não ficar tão bonita mas, segundo uma pesquisa da USP, fica até 6 vezes mais segura contra a contaminação por alumínio.

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