Teste sem risco de aborto
Cientistas ingleses descobriram mais um teste para detectar se o feto está com alguma doença genética.
Até há pouco tempo, no Brasil, havia dois exames para saber se a criança iria nascer com alguma doença genética: a análise de placenta e a do líquido amniótico que envolve o feto. Em ambos, há probabilidade de aborto – entre 0,5 e 1% -, por causa da agulha usada para colher amostras. Há oito anos, porém, cientistas ingleses descobriram que a quantidade de uma substância no sangue materno, chamada alfafetoproína, estava associada a anomalias nos genes do feto. “Quando a dosagem é muito menos do que o normal, há possibilidade de o bebê nascer com síndrome de Down”, exemplifica o ginecologista Antonio Fernandes Moron.
Professor da Escola Paulista de Medicina, ele estabeleceu o padrão brasileiro para a alfafetoproteína, depois de dois anos de estudos: “A quantidade da substancia varia conforme a raça e o peso”, explica. O teste da alfafetoproteína não substituirá os anteriores, absolutamente eficazes, já que há 18% de chance de errar o resultado. No entanto, por ser um simples exame de sangue, será importante para as grávidas mais jovens, às quais os médicos não costumam indicar outros dois testes, por causa dos riscos.