Transplantes com menores riscos de rejeição por parte do organismo, eis o que promete um novo tipo de medicamente recentemente lançado nos Estados Unidos. Ao receber um órgão transplantado, o organismo o trata como se fosse um corpo estranho e passa a combatê-lo, pondo em ação as células T, cuja função é eliminar celular estranhas. Com o uso do medicamento, baseado em anticorpos monoclonais, essa reação fica bloqueada. Os anticorpos monoclonais são obtidos pela fusão das células B – as que produzem os anticorpos do organismo – com as células de mielomas (tumores). A célula resultante, chamada hibridoma, herda de um lado a alta resistência dos mielomas e de outro a capacidade de fabricar anticorpos das células B. A partir dos hibridomas são produzidos os clones – células iguais entre si, derivadas de uma célula original – , que reproduzem grande quantidade de anticorpos idênticos e neutralizam a ação das células T (veja a ilustração). Testes realizados em pacientes de transplantes de rins deram resultados positivos. As pesquisas sobre os anticorpos monoclonais são do cientista alemão Georges Koelher e do inglês Cesar Milstein, que receberam o prêmio Nobel de Medicina em 1984.