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Cinco modalidades estreiam nas Olimpíadas de Los Angeles 2028. Veja quais.

Duas delas são inéditas, enquanto as outras retornam após alguns anos fora dos Jogos. Veja quais esportes entram – e quais provavelmente saem.

Por Manuela Mourão
14 ago 2024, 18h00

Los Angeles se prepara para sediar os Jogos Olímpicos de Verão de 2028, marcando a terceira vez que a cidade receberá o evento. A última vez que os Jogos estiveram em solos californianos foi em 1984 – ano em que o brasileiro Joaquim Cruz levou ouro no atletismo 800 metros rasos e estabeleceu o recorde de tempo da época.

“LA28” promete trazer de volta não apenas os esportes clássicos, como atletismo, natação e ginástica, mas também novidades no programa olímpico. O Comitê Olímpico Internacional (COI), aprovou a inclusão de novos esportes e o retorno de outros. Entre os esportes que farão sua estreia estão o flag football e o squash, enquanto o críquete, beisebol, softbol e lacrosse retornam ao cenário após anos afastados das Olimpíadas.

Flag Football

Homens em uma campo com gramado praticando flag football.
(U.S. Navy photo by Gary Nichols / Wikimedia Commons/Reprodução)

O flag football é uma versão menos agressiva do futebol americano. Ele é disputado por equipes de cinco jogadores em um campo de 50 jardas, em que o objetivo é avançar até a zona de pontuação adversária.

Aqui entra a diferença que torna o esporte mais soft: em vez de derrubar os oponentes, os jogadores impedem o avanço dos adversário retirando fitas presas à cintura deles. O esporte contará com disputas femininas e masculinas.

Squash 

Dupla de homens praticando squash em uma sala.
(Jens Buurgaard Nielsen / Wikimedia Commons/Reprodução)

O squash finalmente faz sua estreia olímpica em Los Angeles, após anos de tentativas frustradas para ser incluído.  Esse esporte de raquete é praticado em duplas e requer uma quadra fechada rodeada por quatro paredes. Parecido com o tênis, a modalidade exige que os jogadores alcancem a bola e rebatam-na na parede antes que ela toque duas vezes no chão. 

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Tanto o flag football quanto o squash são consideradas modalidades opcionais – e podem não estar nos Jogos de Brisbane, em 2032.

Críquete 

Homens praticando críquete em um campo com gramado.
(Acabashi / Wikimedia Commons/Reprodução)

O retorno de maior destaque é o críquete, que aparece nos Jogos após 128 anos de ausência. A última vez que o esporte foi disputado em uma Olimpíada foi em Paris, em 1900. Em Los Angeles, o críquete será jogado no formato Twenty20, em que cada equipe terá que rebater 120 bolas, com um taco, para marcar o máximo de pontos possível.

Esse retorno é uma resposta à maior globalização das Olimpíadas, já que o críquete é extremamente popular em países como Índia e Paquistão.

Beisebol e Softbol

Homens jogando baseball em uma quadra com gramado.
(D. Benjamin Miller / Wikimedia Commons/Reprodução)
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A dupla beisebol e softbol também estará de volta. A diferença entre as modalidades é que o beisebol é disputado apenas por homens, o softbol é exclusivo para mulheres. Essas modalidades têm uma longa história olímpica, mas ficaram fora dos Jogos de Paris 2024. Agora, voltam a integrar o programa em Los Angeles – e esperam estar presentes na Austrália em oito anos.

Lacrosse

Mulheres em uma quadra de gramado praticando lacrosse.
(Dawson Martin/Dustin Massey Studios/Reprodução)

O lacrosse, que não sente os ares dos Jogos Olímpicos desde 1908, retorna em 2028 com torneios de equipes de seis jogadores. Nesse esporte, os jogadores utilizam tacos com uma rede na ponta para arremessar uma bola no gol adversário. 

Como um esporte é escolhido para ir às Olimpíadas?

Para que um esporte se torne olímpico, ele primeiro precisa ser reconhecido pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). Após essa etapa, o esporte atinge o status de Federação Internacional (IF), o que implica a adoção do Código Mundial Antidoping e o cumprimento das regras da Carta Olímpica.

Mesmo assim, nem todos os esportes reconhecidos pelo COI fazem parte dos Jogos. Para que isso aconteça, a federação precisa submeter uma petição ao Comitê, que pode aprová-lo como esporte, disciplina ou evento.

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Após a petição, uma série de regras e regulamentos determinam se o esporte pode ser incluído nas Olimpíadas. A Carta Olímpica estabelece que a modalidade deve ser amplamente praticada em pelo menos 75 países e quatro continentes por homens; e em 40 países e três continentes por mulheres, além de contribuir para o “valor e apelo” dos Jogos. O COI também impõe restrições, como a proibição de “esportes intelectuais” e daqueles que dependem de propulsão mecânica – o que exclui modalidades como xadrez e automobilismo. 

Nos últimos anos, o COI tem buscado equilibrar a inclusão de novos esportes com a descontinuidade de outros, revisando periodicamente as modalidades já presentes para decidir sua permanência. A viabilidade logística e o interesse do público e da mídia são fatores cruciais nessa escolha. 

De acordo com o site oficial do COI, o Comitê Organizador de uma edição específica dos Jogos pode sugerir a inclusão de um ou mais eventos adicionais, válidos inicialmente apenas para aquela edição. Em Tóquio 2020, o Comitê Organizador teve essa possibilidade pela primeira vez, e as cinco modalidades sugeridas foram acrescentadas: surfe, karatê, escalada esportiva, skate e beisebol/softbol. 

Graças à popularidade do skate, surfe e escalada nos últimos dois jogos, o COI decidiu que essas modalidades se tornarão eventos permanentes a partir de 2028.

Enquanto esses esportes se preparam para brilhar nos Jogos de Los Angeles, outros correm o risco de serem deixados de lado. O boxe (que está nos Jogos há mais de 100 anos) ainda não foi confirmado para 2028, devido a problemas com a governança da Associação Internacional de Boxe (IBA). A decisão sobre sua inclusão foi adiada para 2025.

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Outro esporte que pode ficar de fora é o breaking, ou breakdancing, que estreou em Paris, mas enfrenta problemas de financiamento. O breaking surgiu no Bronx, em Nova York, nos anos 60, e busca se firmar como um esporte olímpico apesar de sua natureza artística e expressiva.

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