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Erupção do vulcão Taal ameaça Filipinas

Autoridades declararam estado de calamidade e cerca de 30 mil moradores já deixaram suas casas.

Por Carolina Fioratti
Atualizado em 15 jan 2020, 17h41 - Publicado em 15 jan 2020, 17h40

Não é a primeira vez que as Ilhas Filipinas ficam próximas de enfrentar um desastre natural. Na verdade, apenas o vulcão Taal ー localizado na Ilha de Luzon, distante 64 km de Manila ー já entrou em erupção 33 vezes desde 1572. 

A explicação é simples: o país está situado no Anel de Fogo do Pacífico, região que possui diversos encontros de placas tectônicas, apresentando instabilidade geológica. Com oito vulcões espalhados por sua extensão, o país asiático é pouco maior que o estado de São Paulo, tendo 300 mil km².

Os primeiros indícios de erupção começaram no último domingo (12), momento em que explosões começaram a lançar cinzas a 13 km de distância. Ao mesmo tempo, uma tempestade de raios vulcânicos (que ocorre quando relâmpagos atingem as cinzas) tomou conta da região. No dia seguinte (13), a erupção se tornou também magmática, ou seja, a cratera principal passou a expelir lava. 

Rapidamente, as autoridades declararam estado de calamidade, decretando a evacuação das Ilhas. Aeroportos, escolas e outras instituições foram fechadas, e espera-se que os 500 mil moradores próximos da área de risco abandonem o local. O vulcão Taal é o segundo mais ativo das Filipinas, atrás do Mayon, localizado na província de Albay.

Em razão dos terremotos vulcânicos intensos e contínuos e da atividade eruptiva, o Instituto Filipino de Vulcanologia e Sismologia definiu o nível de alerta como quatro, sendo possível a ocorrência de uma erupção explosiva perigosa. 

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Ao mesmo tempo que o vulcão pode seguir como uma panela com água em ebulição, liberando apenas vapor, ele também pode agir como o momento em que o leite ferve, subindo e derramando sua espuma. A informação principal é que tal iminência deve ainda durar semanas.

Além disso, a produção de cinzas é outro fator agravante para o ambiente. A poluição pode chegar aos suprimentos de água, danificar a infraestrutura eletrônica, prejudicar a agricultura e até mesmo matar animais de criação e domésticos. Pessoas com problemas respiratórios, crianças e idosos também podem ter a saúde comprometida ao inalar a fumaça do vulcão.

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(Taro Hama/Getty Images)

A última erupção do Taal ocorreu em 1977, no entanto, não apresentou riscos e pôde ser considerada leve. Depois disso, o vulcão não dormiu mais. Ele apresentou diversos períodos de agitação ー abalos sísmicos e movimentação do solo ー até chegar no cenário atual.

Em 2011, o Taal causou problemas para a comunidade filipina. Apesar de não entrar em erupção, sua movimentação esquentou a água da região, o que causou a morte de 700 mil toneladas de peixes. Antes, em 1965, houve uma explosão que deixou um número razoável de vítimas, 200 pessoas no total. A pior lembrança do vulcão Taal ocorreu anteriormente, em 1911, resultando em 1335 mortes e a destruição de vilarejos locais.

Por enquanto, cientistas seguem monitorando as atividades do vulcão com o objetivo de prever os próximos capítulos. Até a normalização, filipinos e turistas devem seguir ordem de retirada.

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